Em suas primeiras projeções sobre as tendências das carnes em 2019, o USDA destaca, individualmente, as perspectivas dos três líderes mundiais na exportação das carnes bovina, suína e de frango. Nos três segmentos, o Brasil aparece com tendências otimistas.

Em relação à carne bovina, o USDA sugere que a produção brasileira deve aumentar 3% e a exportação 5% – índices que, nos EUA, ficarão em, respectivamente, 4% e 3%.

O incremento neutraliza a menor disponibilidade do produto por parte da Austrália e da Índia. Assim, as exportações mundiais tendem a crescer minimamente em relação ao previsto para 2018 (cerca de 10.558 milhões de toneladas).

No tocante à carne suína, está previsto que a União Europeia – maior exportador mundial (e segundo produtor mundial, atrás apenas da China, mas com volume equivalente a pouco mais de um terço da produção chinesa), enfrentará ligeiro declínio (menos de 0,5%) na produção, mas aumentará suas exportações em cerca de 3%.

Em ambos os casos, produção e exportação, esses índices serão neutralizados e superados pelos EUA (segundo exportador mundial) e Brasil (quarto lugar, após União Europeia, EUA e Canadá).

Nos EUA, a produção tende a um crescimento de 5% e as exportações de 5%. Já no Brasil a perspectiva é de incremento de 3% na produção e de 7% na exportação. Isso porque, justifica o USDA, haverá firme demanda por parte da Ásia e da América Latina.

Já em relação à carne de frango, o USDA sugere que a produção e a exportação brasileira crescerão 2%, a norte-americana 2% e 3% e a europeia 1% e 5%.

O Brasil lidera há mais de uma década as exportações de frango, colocando-se também como o segundo produtor mundial, atrás somente dos EUA e à frente da União Europeia e da China (que perdeu duas posições e agora é o quarto maior produtor mundial).

É preciso observar que os índices de incremento das exportações, de 2%, 3% e 5% para, respectivamente, Brasil, EUA e União Europeia correspondem, também respectivamente, a volumes adicionais de 90.000, 75.000 e 50.000 toneladas.

No caso brasileiro, o volume de 3.685 milhões de toneladas estimado para 2018 (exclusos desse total pé/patas de frango) pode chegar a 3.775 milhões de toneladas em 2019.

Na opinião do USDA, o incremento mais significativo nas exportações mundiais está reservado exatamente para a carne de frango. A estimativa é de expansão anual ligeiramente superior a 4% – índice impulsionado pelo aumento de consumo de países como Filipinas, Angola, Cuba e Gana.

O USDA completa sua análise observando que a capacidade demonstrada pelo Brasil de responder aos novos requisitos de abate da Arábia Saudita (sem o pré-atordoamento por choque elétrico) vai permitir que o País recupere o volume exportado para o mercado saudita. Sem, porém, atingir os volumes históricos alcançados em anos anteriores.

 

Fonte: AviSite