Desenvolvida pelo núcleo Gado de Leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a variedade (BRS Capiaçu), produz aproximadamente 50 toneladas de matéria seca (sem umidade) por hectare-ano, média de 30% a mais do que as outras variedades de capins-elefante.  O novo capim, cujo porte ultrapassa cinco metros de altura, apresenta touceiras densas e colmos eretos, o que facilita a colheita mecânica (ver foto, de Rubens Neiva); folhas longas, largas e de cor verde.

Adaptada às regiões de criação de gado do país, a Capiaçu, pode, no período da seca (quando há escassez de pasto para o gado), ser fornecida aos animais picada verde ou como silagem (capim conservado em silo para posterior fornecimento ao gado). A vantagem de se fazer uso do capim verde, de acordo com a Embrapa, é que, assim, apresenta maior valor nutritivo: cortado aos cinquenta dias, chega a ter 10% de teor de proteína; o teor cai para 6,5%, com o corte aos 90 dias e 5,5%, cortado aos 110 dias.

O novo capim, segundo a empresa, oferece outra vantagem importante: é uma alternativa para a produção de silagem de baixo custo. “O que se gasta com a produção de silagem de BRS Capiaçu é três vezes menos em comparação à silagem de milho ou de sorgo”, diz a Embrapa, acrescentando: “o valor nutritivo é comparável à silagem das forrageiras tradicionais e superior ao da cana-de-açúcar”.