Como o nome indica, essa atração de Lisboa de prestígio internacional não é um simples jardim zoológico com uma série de animais presos em cercados ou gaiolas com pouco espaço e evidente sofrimento. Trata-se de uma concepção moderna que combina jardim botânico com uma exposição de 2 mil animais de 300 espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios alojados em amplos espaços entre trechos de floresta atravessados por caminhos pavimentados.

A missão

A direção do Parque define como sua missão “Desenvolver e promover um parque zoológico e botânico como um centro de conservação, reprodução e reintrodução de espécies em vias de extinção, através da investigação científica e de programas de enriquecimento ambiental, e promover este importante espaço em que aliada à educação está uma forte componente de entretenimento”.

Programa para todos

A definição da “missão do Parque” acima é uma realidade. Além da parte de pesquisa – reservada aos especialistas e aos estudantes – a que se refere à educação está presente em cada trecho do Parque, com boa técnica de comunicação em painéis e demonstrações.

É programa de dia inteiro (ou mais!) para toda a família, com todos os interesses e os mais diferentes níveis culturais até as nove horas da noite. E há diversos locais para simples contemplação, descanso e lazer.

Também não faltam lojas, restaurantes, lanchonetes, sorveterias e – não menos importante – banheiros sempre limpos.

Para quem não quiser andar a pé as longas distâncias, há o trenzinho e para ver o Parque de cima, o “cabo aéreo”.

Um pouco de história

“Inaugurado em 1884, o Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica. Foram vários os seus fundadores:Dr.Pedro Van Der Laan, José Thomaz Souza Martins e o Barão de Kessler, que contaram com o apoio de várias personalidades como o Rei D.Fernando II e o zoólogo José Vicente Barbosa do Bocage.

As primeiras instalações situaram-se no Parque de São Sebastião de Pedreira, que foi cedido gratuitamente pelos seus proprietários. Mais tarde o parque mudou-se  e a 28 de maio de 1905 foram inauguradas as novas e definitivas instalações na Quinta das Laranjeiras, e no dia 12 de março de 1913 o Jardim Zoológico foi declarado Instituição de Utilidade Pública”. (Fonte: site oficial do Parque)

A contribuição do Brasil

As inúmeras remessas de animais do Brasil  (e da África) contribuíram para que, ao longo dos anos, o Jardim Zoológico tivesse uma das coleções de animais mais vastas e diversificadas do mundo.

Ocapi, um animal estranho

O Ocapi é uma das atrações do Zoo (veja a foto). Embora exiba na parte posterior do corpo listas como das zebras e tenha o pescoço com comprimento, digamos, “normal”, ele é parente da girafa, embora pareça mais com os cervos e com os bovídeos. Enquanto os machos e as fêmeas, nas girafas, têm chifres, somente os machos do ocapi têm chifres.

O ocapi tem duas características únicas dos girafídeos: grandes seios palatinos e uma determinada marcha que também lhes é particular: ambos usam um andar chamado “de estimulação”, pisando simultaneamente com a frente e a perna traseira do mesmo lado do corpo. Eles também têm uma língua preta, maior do que a das girafas.

Os ocapis são preferentemente diurnos e em cativeiro vivem cercade 30 anos. Animais solitários, só se unem para reproduzir. São herbívoros e alimentam-se de folhas, brotos de árvores, gramíneas, samambaias, frutos e fungos.

Cerca de 100 ocapis encontram-se em zoológicos reconhecidos pela Associação de Zoológicos e Aquários (AZA).

Fonte: Google

Fotos: Luiz Octavio Pires Leal, de Lisboa.