Embora os animais não sejam capazes das atrocidades cometidas por nós, os chamados Homo sapiens, que matamos por ciúme, vingança, dinheiro, poder, ideologia ou simples prazer mórbido, eles cometem violências as mais variadas, mas sempre em obediência ao propósito maior de manutenção da espécie, que é a lei magna da natureza.

Em sua vida natural, longe da interferência do homem, vigora a lei do mais forte. Os mais fracos sucumbem e só os mais fortes crescem e atingem a maturidade sexual, a capacidade de reproduzir-se, transferindo seus genes para as gerações futuras, mantendo assim a espécie. E não são todos que chegam à maturidade sexual que terão a oportunidade de procriar e sim, mais uma vez apenas os mais fortes. Da abelha aos maiores mamíferos, tudo funciona assim. E é isso que explica que cadelas e gatas abandonem os filhotes mais fracos de uma ninhada, quando existe um ou mais que destoam do padrão. Tudo sempre regido pela lei maior da preservação da espécie e da seleção genética natural. Como apenas os mais fortes e capazes sobrevivem para ter a chance de deixar filhotes antes de morrer, a tendência é de que as futuras gerações sejam cada vez mais competentes para suportar as dificuldades da vida, dentre as quais a capacidade de enfrentar com sucesso os predadores.

Acontece que na criação doméstica, pelo menos nas que são feitas com os procedimentos corretos de higiene, prevenção das doenças, boa alimentação, bom alojamento e carinho, não precisa prevalecer a lei do mais forte, mas a cadela e a gata não sabem disso. Então o que você deve fazer é proteger o filhote da própria mãe, facilitando que ele consiga uma teta para mamar ou até mesmo providenciando uma amamentação artificial.

Na medida em que o mais fraco cresce e se desenvolve, com a sua ajuda, a mãe acabará o aceitando como um filhote normal.