É muito mais seguro, prático, confortável e barato prevenir as doenças do cão do que tratá-las. Isso é feito pela soma de higiene, alimentação correta, vacinações e medicação preventiva. Esse conjunto de medidas deverá ser praticado pelo médico veterinário especializado na clínica de pequenos animais.

Todo filhote necessita de uma série de cuidados para que cresça sadio, principalmente durante os primeiros seis meses de vida. Isso é muito importante para prevenir problemas de curto, médio e longo prazos. Existem recursos suficientes para prevenir as doenças, mas eles precisam ser convenientemente empregados, e somente o veterinário especializado sabe como fazer isso da melhor forma.

A prevenção começa com a vermifugação (remoção dos vermes) do filhote a partir da terceira semana de vida, o que, portanto, deverá ser feito pelo criador depois de aplicado um programa pré-natal na cadela reprodutora. O macho reprodutor também precisa de um programa de prevenção das doenças, tecnicamente dirigido.

A partir dos 45 dias de idade, quando o filhote foi comprado e transportado para seu novo lar, deverá ser levado ao veterinário para um exame inicial, juntamente com as informações sobre o animal, escritas e fornecidas pelo vendedor. Essas informações devem conter o histórico do filhote desde o seu nascimento (que medicamentos tomou, o que está comendo, etc,), além da documentação que atesta a raça (no caso de ser de raça pura).

Analisando essas informações o veterinário estabelecerá uma programação preventiva das doenças, que inclui as vacinações e a vermifugação, além da alimentação e outros itens. Esse esquema não é padronizado e varia segundo o porte do cão, o local onde nasceu, a região onde será criado, a época do ano, etc.

Existem vacinas que previnem contra as sete doenças principais: (1) cinomse;(2) hepatite; (3) leptospirose; (4) parvovirose; (5) coronavirose; (6) parainfluenza e (7) raiva.

É muito importante destacar que a legislação proíbe a vacinação dos cães em balcões de lojas e de farmácias veterinárias, exatamente para proteger os animais da ação de leigos que estão muito mais interessados em vender o máximo possível do que na saúde do animal.

As vacinações só podem ser feitas no consultório do médico veterinário ou nas campanhas públicas supervisionadas por profissionais.

O risco do aparecimento de doenças fica imensamente reduzido quando o proprietário segue as instruções de um médico veterinário especialista.

Um engano muito freqüente é imaginar que logo depois que foi vacinado o cão fica protegido contra as doenças, mas não é isso que acontece. Toda vacina tem um período negativo que é o tempo que o organismo do animal necessita para reagir e produzir a defesa (anticorpos) contra a(s) doença(s). Esse período é variável mas, em geral, não passa de 10 dias. Nesse período o contato com outros cães deve ser evitado.