Apenas uma de um total de 66 amostras de mel produzidas em Minas Gerais, entre fevereiro de 2014 e agosto de 2016, continha agrotóxicos, um dos fatores que podem comprometer a qualidade do alimento. A conclusão é de um grupo de pesquisadores da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que, em parceria com o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagre Minas GEo), do Ministério da Agricultura, utilizou método que associa a cromatografia líquida à espectrometria de massas para identificar a presença de agrotóxicos que prejudicam a qualidade do produto.

Além da baixa incidência, os pesquisadores se surpreenderam com a natureza do agrotóxico identificado nas amostras. Trata-se de uma substância não encontrada em plantações, mas utilizada no tratamento de rebanhos (bovinos, equinos, ovinos, caprinos, suínos e aves) contra parasitas nos animais. Os pesquisadores esperavam encontrar agrotóxicos usados na agricultura, pois as abelhas polinizam grandes plantações.

Foto: Amotras de mel analisadas em laboratório, UFMG