Considerados os preços médios mensais levantados pelo Procon-SP no varejo da cidade de São Paulo, observa-se que em 2018 vem sendo registrado o maior nível de competitividade da carne de frango em relação à carne bovina de segunda dos últimos quatro anos.

Em 2015, ao custo de um quilograma de carne bovina de segunda, o consumidor paulistano adquiriu, em média, 2,990 kg de carne de frango. No ano seguinte, 2016, a média sofreu redução de 5% e a quantidade adquirível caiu para 2,840 kg.

No ano passado esse volume voltou a subir, superando o dos dois anos anteriores. Na média de 2017 ficou muito próximo dos 3,080 kg, resultado que significou aumento de quase 8,5% sobre a média de 2016.

Neste ano, até julho, o frango resfriado oferecido ao consumidor paulistano foi adquirido, em média, por R$ 5,33/kg – preço 4% inferior aos R$ 5,56/kg dos sete primeiros meses de 2017.

O preço da carne bovina também recuou, porém menos de 1%. Passou de R$ 17,12/kg para R$ 16,98/kg. Assim, seu valor médio no período permitiu a compra de quase 3,185 kg de carne de frango, 3,37% a mais que em idêntico período de 2017 e 6,5% acima da média registrada em 2015.

Vale acrescentar ainda que, em relação ao salário mínimo, o volume adquirível de carne de frango é bem maior que o de três anos atrás.

Em 2015, com o salário mínimo a R$ 788,00 mensais e o frango a um custo de R$ 5,41/kg, se adquiria 145,66 kg de carne de frango. Neste ano, com o salário mínimo a R$ 954,00 mensais e o frango a R$ 5,33/kg, esse volume está próximo dos 180 kg. Ou seja: pelo menos no tocante à carne de frango, a capacidade aquisitiva do consumidor subiu quase 25%.

Em tempo: no início deste século (2001/2002), um quilo de carne bovina de segunda adquiria, conforme levantamentos da Associação Paulista de Avicultura (APA), entre 2,2 kg e 2,3 kg de carne de frango. Ou seja: em menos de duas décadas, a competitividade do frango aumentou mais de 40% (quase 1 kg a mais!).

Efeito, sem dúvida, do aumento de produção que, neste século, mais do que dobrou, passando de menos de seis milhões de toneladas anuais no último ano do século XX para mais de 13 milhões de toneladas nos dias de hoje.

 

Fonte: AviSite