Produtores de carne suína dos Estados Unidos estão desapontados com as vendas pouco expressivas do produto para a China.

A expectativa do setor era de que, com o avanço da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês), e consequente redução do plantel de suínos da China, o país asiático recorresse aos EUA para se abastecer.

“O segmento está cada vez mais frustrado com a falta de novidades nas negociações comerciais com a China, somada a uma produção recorde de carne suína para ser absorvida internamente”, observa um analista da consultoria INTL FCStone.

Segundo a consultoria, a percepção é de que as exportações do produto podem aumentar no segundo semestre deste ano.

A FCStone considera que o mercado norte-americano ainda não conseguiu se beneficiar de exportações notavelmente maiores para a China, apesar de todas as notícias da disseminação da peste suína no país.

Segundo os dados de exportação dos Estados Unidos e da União Europeia, a China optou por comprar mais da Europa do que os EUA, uma escolha que se acentuou com as disputas comerciais entre EUA/China.

O trader independente Dan Norcini considera que foi o acirramento do conflito comercial, com a demora de um possível acordo entre os dois países, que levou a China a buscar o suprimento em outros mercados.

“Parece que o cronograma para compras em grande escala pela China de carne suína dos EUA está sendo empurrado ainda mais para o fim ano”, afirma Norcini.

 

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