Grandes fazendas de criação de suínos da China estão se juntando a produtores menores, familiares, em um plano iniciado pelo governo que prevê investimento de cerca de 50 bilhões de yuans (US$ 7.14 bilhões) para impulsionar a produção de porcas e aumentar o rebanho do país, que foi severamente impactado por um surto de peste suína africana.

Quinze das maiores fazendas de suínos de Pequim assinaram nesta quinta-feira acordos com governos locais em 16 cidades chinesas como Liangzhou, na província de Sichuan, e Engshi, na central Hubei, para a criação conjunta de porcos, informou o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

Esses projetos, segundo o ministério, devem produzir mais de 22 milhões de porcas para abate anualmente e envolver 22.000 famílias rurais pobres.

“Grandes fazendeiros serão incentivados a adquirir participações ou arrendar unidades de médio e pequeno porte. Elas deverão acelerar a execução desses acordos, construindo uma série de fazendas domésticas, matadouros e centros de refrigeração padronizados”, disse o ministro da Agricultura, Han Changfu.

O rebanho suíno da China está atualmente 40% menor que há um ano atrás, segundo o ministério, após um surto de peste suína africana que se espalhou pelo país desde sua descoberta em meados de 2018.

A China, maior produtora e consumidora de carne suína do mundo, ainda depende fortemente de pequenas fazendas. Cerca de 50% da oferta de carne suína do país é proveniente de fazendas que produzem menos de 500 porcos por ano.

 

Reuters