A produção de carne de porco da China recuou pelo sexto trimestre consecutivo, na medida em que o país, maior produtor global da proteína, continua a sofrer os impactos da Peste Suína Africana, que dizimou os rebanhos.

Uma forte queda de 29% no primeiro trimestre de 2020 ressalta a extensão dos impactos causados pela doença e a difícil tarefa que o setor enfrenta na tentativa de se recuperar, depois de a peste matar milhões de animais no país desde agosto de 2018.

A doença fez com que a produção de carne suína da China atingisse a mínima de 16 anos em 2019, de 42.6 milhões de toneladas, enquanto alguns especialistas estimam que o rebanho de porcos do país tenha encolhido em 60% no ano passado, após a doença se espalhar, amplamente subnotificada.

Neste ano, restrições para conter a pandemia do novo Coronavírus, que levaram pessoas a ficar confinadas em casa e a fechar diversos negócios, incluindo abatedouros, prejudicaram ainda mais os esforços para a retomada da produção.

A produção de carne suína da China recuou para 10.38 milhões de toneladas nos três primeiros meses de 2020, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento Nacional de Estatísticas chinês.

O volume ficou levemente abaixo do registrado no trimestre anterior, de 10.74 milhões de toneladas, embora a produção tenha contraído significativos 31% no quarto trimestre de 2019, de acordo com cálculos da Reuters.

A China abateu 131.29 milhões de porcos nos três primeiros meses do ano, com queda de 30,30% na comparação anual.

 

Reuters