Os resultados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) para as exportações de carnes na primeira semana de novembro (praticamente US$ 200 milhões em apenas um dia útil) são, no mínimo, surpreendentes.

Pois, por exemplo, superam em mais de 3,5 vezes a média diária registrada nos cinco dias úteis da segunda semana de mês, com US$ 55.043 milhões, atingindo valor inédito na história do setor (a maior média mensal até agora registrada não chega aos US$ 75 milhões/dia).

Ou seja: o índice divulgado deve incluir valores não contabilizados do mês anterior e, além disso, pode conter embarques efetivados não apenas em 1º de novembro, mas nos dois primeiros dias do mês.

O fato é que a média registrada no primeiro decêndio de novembro, de pouco mais de US$ 79 milhões/dia, é cerca de um terço superior à média diária do mês anterior quando, normalmente, essa variação é negativa ou registra baixos níveis de expansão.

Sob tal perspectiva, as projeções de volume para a totalidade do mês devem sofrer forte diluição à medida que novembro avançar. Por ora, os totais estimados a partir dos resultados alcançados em seis dias sinalizam crescimento expressivo para as três carnes, tanto sobre o mês anterior, com em relação a novembro de 2017.

Assim, em comparação a outubro passado, a carne suína sinaliza expansão de 15%, a bovina de quase 25% e a de frango de mais de 10%. Já em relação a novembro do ano passado, as projeções atuais indicam expansão de, respectivamente, 36%, 46% e 25%.

Seria ótimo se fosse verdade, mas essa, infelizmente, não é a realidade, pois normalmente, no bimestre final de cada exercício, os embarques de carnes decrescem em relação aos meses anteriores.

Fonte: AviSite