Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) sobre as exportações de carne suína e de aves, até a segunda semana de abril, mostram que os resultados para estes dois setores são positivos em matéria de volume e faturamento. Entretanto, o preço pago pelo frango no mercado externo ainda é baixo.

No caso do frango, o valor da média diária faturada até a segunda semana deste mês foi apenas 0,87% superior ao mesmo período no ano passado, enquanto as toneladas por média diária aumentaram em 9,66%.

Já a média diária faturada com as vendas da proteína suína até agora em abril, supera em 42,16% os valores médios por dia no mesmo mês do ano passado. Em matéria de toneladas, os embarques foram 25,26% maiores.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, os resultados mostram que a demanda externa continua aquecida, ainda que esteja ocorrendo a pandemia do Coronavírus.

Ele afirma que além da questão da Covid-19, que esta semana provocou o fechamento da maior processadora de suínos nos Estados Unidos, também existe a questão sanitária que afeta vários países, inclusive os asiáticos, principais importadores das proteínas animais brasileiras.

“Além disso, temos o problema da Peste Suína Africana (PSA) na China, principal consumidor, e também da gripe aviária, que afeta não só a China, mas também países da Europa. E houve um caso da gripe registrado esta semana nos Estados Unidos”, destaca Turra.

Para ele, o momento agora é de o Brasil “fazer o dever de casa” e se esforçar para aumentar as exportações e escoar o excedente produzido que não está sendo consumido no mercado interno.

“Não temos números consolidados ainda, mas acredito que no mercado interno, a queda nas vendas de aves e suínos esteja beirando os 15%”, afirma o presidente da ABPA.

 

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