Boi: indicador do bezerro opera acima de R$ 3.000,00 

Os preços do bezerro seguem em forte movimento de alta no mercado brasileiro, renovando os recordes reais da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Nesta semana, o Indicador do Bezerro Esalq/BM&FBovespa (animal nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) ultrapassou a marca de R$ 3.000,00 por cabeça. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve à oferta abaixo da demanda por novos lotes de reposição.

Deve-se ressaltar que o valor recorde de animais de reposição e as também cotações recordes de importantes insumos da alimentação pecuária, como milho e farelo de soja, por sua vez, deixam os pecuaristas terminadores em alerta.

 

Suínos: poder de compra em relação ao farelo é o pior para um mês de março 

O poder de compra dos suinocultores paulistas em relação ao farelo de soja se recuperou um pouco de fevereiro para março. Apesar dessa reação, a situação atual ainda é a pior para um mês de março e uma das mais desfavoráveis de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004.

Além do alto patamar dos preços dos insumos de alimentação, que, segundo a Embrapa, chegaram a representar 82% dos custos totais em fevereiro, o fraco desempenho das vendas internas da carne e a consequente desvalorização do suíno vivo deixam produtores consultados pelo Cepea em alerta.

Esse cenário vem mostrando que este ano será, novamente, desafiador ao setor, o que vai exigir que suinocultores usem de modo eficaz ferramentas de gestão de seus custos de produção.

 

Frango: preços dos cortes registram movimentos distintos no atacado 

O movimento de preços dos produtos levantados pelo Cepea está distinto no mercado atacadista de cortes e miúdos da Grande São Paulo. Enquanto os preços do coração recuaram no mês, os do peito com osso subiram.

Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do coração, a demanda específica do corte para churrascos e comemorações se retraiu, diante das medidas de isolamento adotadas por estados e prefeituras. De fevereiro para março, o coração congelado se desvalorizou pouco mais de 4%.

Já no caso do filé de peito congelado, um dos favoritos do consumidor brasileiro para refeições diárias, houve uma alta nos preços no mesmo período de 3,50%.

 

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