A diferença, por ora, é pouco significativa, de não mais que 0,50%. Mas tende a crescer à medida que o ano avança. No primeiro bimestre de 2019, a carne bovina, mesmo registrando queda de 2,79% na receita cambial, respondeu por 44,34% da receita global das carnes. Já a carne de frango, mesmo mantendo o nível de participação de um ano atrás, permaneceu no segundo lugar registrado no fechamento de 2018, com 43,80% da receita cambial total.

A hegemonia da carne bovina era prevista há anos, mas só agora se concretiza. E não há, para a carne de frango, nenhum demérito em perder a liderança em termos de receita cambial. Pois o produto continua como a principal carne exportada pelo País  – 59,28% do total no bimestre. Essa posição é reforçada pelo fato de seu preço médio corresponder a menos de 50% do valor alcançado pela carne bovina.

Sob esse aspecto, aliás, é interessante observar que a predominância cambial da carne bovina só ocorreu porque o volume do produto embarcado no bimestre aumentou quase 7%. Ou seja: seu preço médio sofreu recuo de quase 9%.

Já a perda de posição da carne de frango foi determinada pela queda de mais de 7% no volume embarcado, porquanto seu preço médio no período aumentou perto de 3,5%. Por sinal, junto à carne de peru, a de frango foi a única a obter melhora de preço neste ano, pois a carne suína também enfrentou perda de valor.

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