As vendas de produtos suinícolas ao mercado internacional seguem firmes. Em março, os embarques totais somaram 71.500 toneladas, o terceiro maior volume da série histórica iniciada em 1997 pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Os embarques de março estão cerca de 9,40% acima do registrado em fevereiro e 31,80% acima do de março de 2019. A receita média em reais gerada pelo setor, por sua vez, atingiu o maior volume da série, de R$ 809.67 milhões, impulsionada pelo dólar em patamar recorde, em termos nominais.

Apesar da pandemia do Coronavírus na China, já entre o fim do ano passado e o início de 2020, o país continuou a demandar altos volumes de carne suína, favorecendo os embarques brasileiros da proteína.

Em março, o país asiático foi destino de 35.700 toneladas do produto nacional, segundo dados da Secex, aumentando em 2,30% sua participação nos embarques. A China também foi responsável por quase metade do total enviado pelo Brasil no período.

Já no mercado brasileiro, a redução das vendas na ponta final da cadeia tem travado todo o setor suinícola. A produção da indústria não consegue ser escoada para atacadistas e varejistas, diminuindo a venda de novos lotes de suínos para abate e fazendo com que os preços do animal acumulem queda neste mês.

Segundo colaboradores do Cepea, caso esse ritmo permaneça, não haverá espaço físico para alojar os lotes novos e os não comercializados.

 

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