As exportações de abril fizeram grande diferença. Porque, depois de encerrarem o primeiro trimestre do ano com resultados negativos, tanto no volume embarcado quanto na receita cambial (queda superior a 5%), as carnes reverteram a situação nos dois quesitos: completaram o terço inicial de 2019 (primeiro quadrimestre) com expansão no volume e na receita. Por ora, o aumento é de apenas 3%. Mas está claro que doravante esse índice deve aumentar de forma mais significativa.

Em termos relativos e no tocante ao volume, a expansão está sendo determinada, essencialmente, pelas carnes bovina (+ 11,73%) e suína (+ 8,92%). Ou seja: a carne de frango registra aumento de apenas meio por cento, enquanto o volume de carne de peru recuou quase 60%. Mesmo assim, a carne de frango mantém-se como a principal carne exportada pelo Brasil, respondendo por 60,33% do volume levantado pelo Ministério da Agricultura.

Também em termos relativos, mas no tocante à receita, apenas a carne de peru continua apresentando resultado negativo (queda de 56,35%). E, aqui, a contribuição principal para o aumento de 3% na receita global do setor veio, primeiro, da carne de frango (+ 4,79%) e, a seguir, da carne suína (+ 3,80%) e da carne bovina (+ 3,20%).

O percentual de expansão maior da carne de frango não só assegurou ao produto a liderança entre as carnes exportadas (44,81% da receita total), como também aumentou sua distância em relação à carne bovina (há um ano, diferença de 2%; agora, de 3,65%). Assim, a carne bovina respondeu por 43,23% da receita total, a carne suína por 8,93% e a de peru por menos de 0,50%, uma redução de 80% em relação à participação de cinco atrás (2,21% do total no primeiro quadrimestre de 2014).

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