Enfermidade preocupa suinocultura mundial

Considerada uma atividade importante para a economia brasileira, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), no ano passado, o setor suinícola produziu cerca de cinco milhões de toneladas de carne, um aumento de 6,5% em relação as 4,701 milhões de toneladas obtidas no período anterior. Para 2023, a entidade projeta a produção de 5,150 milhões de toneladas, um crescimento de 4% comparado a 2022.

Entretanto, é preciso atenção à saúde dos animais, a começar pelas matrizes, para garantir o sucesso na produção dos leitões, evitando possíveis doenças nos animais. Apontado com uma das enfermidades de mais relevância nas matrizes, o prolapso uterino consiste na saída do útero pela vulva. O problema, maioria dos casos, gera o descarte de fêmeas, afetando o sistema de produção da granja.

“O prolapso uterino ocorre com maior frequência em matrizes mais velhas, especialmente depois de partos difíceis ou em decorrência da perda de tônus uterino”, explica o zootecnista e gestor comercial da Topgen, João Cella. “Relatos de antecipação de idade para o problema têm sido cada vez mais frequentes na suinocultura mundial, o que pode estar relacionado com diversos fatores, como alimentação, ambiente e genética”, diz.

Sintomas

Cella explica que os principais sinais clínicos do prolapso incluem a protrusão parcial ou total do útero pela vulva, dor abdominal e comportamento agitado. A condição é considerada uma emergência médica veterinária e o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.

“Em alguns casos, a fêmea pode apresentar sangramento vaginal e, se o útero ficar exposto, pode haver infecção, sendo que o tratamento vai depender, em geral, da gravidade de cada caso”, acrescenta.

Segundo ele, é fundamental adotar medidas preventivas para evitar o prolapso uterino, como o manejo adequado das matrizes, incluindo uma alimentação balanceada e rica em nutrientes. “Vale aqui um parêntese, ressaltando a relação de prolapsos com animais expostos a micotoxinas”, alerta.

“Daí, a importância de utilizar matérias-primas de excelente qualidade, armazenadas de forma correta e com todos os cuidados possíveis no âmbito de testagens, visando à diminuição da proliferação de fungos, que são os causadores das micotoxinas”, explica o zootecnista.

O especialista orienta ainda os suinocultores quanto ao ambiente que preferencialmente deve estar sempre limpo e confortável, sem superlotação, além de realizar uma programação reprodutiva adequada.

Com informações da assessoria de comunicação TopGen