Impulsionada pelos avanços tecnológicos, investimentos em pesquisas e alinhamento de protocolos sanitários, com o objetivo de adequar o produto brasileiro aos mercados internacionais, além dos esforços do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em acertar acordos de comercialização, a perspectiva é de um 2021 positivo para pecuária nacional.

A análise é do diretor comercial do Serviço Brasileiro de Certificações (SBC), Sérgio Ribas Moreira. Segundo ele, os dados levantados demonstram a qualidade da carne brasileira e, consequentemente, a confiança dos mercados internacionais no produto. “Nos últimos 18 anos, o setor passou por um processo intenso de inovação. Tivemos um avanço tecnológico muito significativo”, destaca o especialista.

Um dos pilares para esse desenvolvimento, de acordo com Moreira, foi o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem animal (Sisbov), uma ferramenta fundamental para implantação da rastreabilidade animal e serviu de base para traçar um padrão de identificação dos animai. “A partir daí, a cadeia começou a ver como isso era importante. A identificação individual, a balança e o sistema informatizado representam o tripé para um início de uma boa gestão que a fazenda deve buscar”, destaca.

Apesar de acreditar em um cenário positivo para o setor em 2021, o especialista afirma que, para confirmar essa evolução, é prudente pulverizar o número de clientes externos e não ficar tão dependentes de China e de Hong Kong, que compraram aproximadamente 60% da exportação de proteína animal brasileira. “O governo, por intermédio Mapa, tem realizado um eficiente trabalho, negociando com México, Canadá, Coreia do Sul e Japão, que não compram do Brasil e são os que mais pagam pela tonelada de carne in natura. Com isso, a conta deve ser positiva para o produtor e frigorífico exportador”, arremata o diretor do SBC.