O calendário pecuário encontra-se no período de transição, no qual a chuva reduz gradualmente, assim como a pastagem começa a perder qualidade. O resultado esperado é uma drástica redução na produtividade dos bovinos de corte. Segundo o zootecnista Bruno Pietsch C. Mendonça, diretor comercial da Agrocria Nutrição Animal e Sementes, o teor de proteína da pastagem durante o período mais crítico do ano fica abaixo de 7%, muitas vezes caindo para níveis entre 3% e 4%.

“Como resultado, os animais a pasto chegam a perder de 150g a 200g por dia recebendo suplemento mineral. O peso pode cair ainda mais, se, além da queda da qualidade, também houver diminuição da quantidade de forragem disponível”, relata o zootecnista.
Isso significa que, em seis meses, o pecuarista pode ter um prejuízo estimado entre 0,9@ e 1,2@ por cabeça, o que, na cotação atual, na cidade de Macaé (RJ), em 14 de maio, representaria uma perda entre R$ 261,00 e R$ 348,00.

“Com o uso de um suplemento proteico ou proteico-energético, além de evitar as perdas relatadas, esse mesmo pecuarista poderia obter um ganho em peso entre 150g e 500g por cabeça/dia, dependendo da quantidade de produto consumido, categoria animal e disponibilidade de forragem”, informa Mendonça.

Ou seja, comparado a um bovino alimentado apenas com capim de baixo valor nutricional mais sal mineral, a produtividade potencial do seu congênere suplementado com proteico ou proteico-energético, poderia atingir entre 1,8@ e 4,2@ ou R$ 522,00 a R$ 1.218,00 por cabeça, na conversão em moeda, nos seis meses de seca.

Multiplicado por 100 cabeças, esse mesmo pecuarista deixaria de agregar um faturamento na faixa de R$ 52.200,00 e R$ 121.800,00. Já o investimento em suplementação, no mesmo período, ficaria entre R$ 120,00 e R$ 220,00 por cabeça, tomando como exemplos os produtos destinados ao segmento.