Com base na realizada pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura, e com números são Comex Stat, portal de dados ligado ao Ministério da Economia, a segunda edição do informativo sobre comércio exterior da piscicultura comprova as oportunidades de crescimento da atividade, com incremento de 33% no índice de exportações brasileiras no primeiro semestre de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. Esse avanço representa um salto de U$ 4,1 milhões para U$ 5,5 milhões.

Segundo o presidente-executivo da Peixe BR, Francisco Medeiros, esses números também constatam que a tilápia, responsável por 86% dessa movimentação, se consolida como a espécie mais exportada. Outro ponto destacado é o preço médio da categoria tilápias inteiras frescas ou refrigeradas, que chegou a U$ 6,76/kg, de abril a junho deste ano. “Diferente de outros produtos que viram seu valor diminuir na comparação com o primeiro trimestre”, pontua Medeiros, lembrando que os três maiores importadores dos produtos brasileiros são, respectivamente, Estados Unidos, Chile e China.

Segundo Medeiros, tem havido o crescimento de outros peixes nativos, como o curimbatá, por exemplo, que tem se despontado nos gráficos, tanto do primeiro quanto do segundo semestre de 2020. “Essa espécie não estava no nosso radar quando o assunto era exportação, mas observamos números significativos devido ao seu baixo custo. De acordo com números da Peixe BR, no primeiro semestre do ano passado, o curimbatá representava 2% das exportações, 4% a menos do que os 6% atuais. “A espécie assumiu o segundo lugar no ranking de exportação, com U$ 141.402 do total exportado, superando outras mais comentadas, como o tambaqui e pirarucu”, informa o presidente da entidade.