Cerca de 95% da carne bovina brasileira é produzida em regime de pastagens, o equivalente a 167 milhões de hectares do território nacional. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o melhoramento das pastagens é um dos principais responsáveis pelo avanço na alimentação do rebanho de bovinos grandes.

De acordo com levantamento da entidade, o aumento da capacidade de suporte e o desempenho animal no Centro-Oeste brasileiro ocorreu após a adoção de capins selecionados e desenvolvidos por meio de pesquisas científicas na região.

A Fazenda Escola da Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), com cerca de 200 hectares e sob coordenação do professor Rayner Sversut Barbieri, conta com o setor de Pastagens e Plantas Forrageiras, para que alunos, professores e parceiros realizem projetos na área de produção animal a pasto.

O setor é composto por unidades de campo agrostológico (ramo da botânica que estuda as gramíneas e plantas forrageiras), onde os acadêmicos aprendem a identificar as espécies forrageiras que são cultivadas em pastagens no Brasil e em outros países de clima tropical, estudando seus nomes científicos e comuns, suas origens, suas características botânicas e agronômicas. Nas unidades de pastoreio de lotação rotacionada de capins, os alunos podem aprender a manejar cercas elétricas, pastejo, correção e adubação de solo, controle de plantas invasoras e insetos pragas e manejo de animais.

Além das aulas práticas regulares, o acadêmico pode ingressar no programa de monitoria voluntária e, através de concurso oficial da Fazu, ser aprovado no programa de monitoria remunerada. No programa de monitoria, os alunos ajudam na condução das atividades, na pesagem dos animais, protocolos de manejo sanitário dos animais, manejo do pastejo, correção e adubação do solo.