Aumentar a produtividade, manter o volume e a importância econômica da pecuária brasileira foram os objetivos de uma tecnologia moderna para o manejo fitossanitário de pastagens, desenvolvida pela empresa indiana UPL, uma das cinco maiores empresas globais de soluções agrícolas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil conta, atualmente, com um rebanho de 215 milhões de bovinos.

O projeto conhecido como FlyUP é a evolução de projetos de mapeamento de cultivos. Com análises dinâmicas e precisas (validadas sempre por um pesquisador científico), o detalhamento dos problemas fitossanitários e o gerenciamento das informações em tempo real permitem a tomada de decisão mais rápida e assertiva, visando à racionalização e à solução dos problemas a partir do uso de defensivos agrícolas de forma sustentável.

Para colocar em prática essa inteligência artificial que auxilia na produtividade de pastagens no Brasil, três aeronaves foram equipadas com um dispositivo que captura imagens de alta precisão, a uma resolução de 0,3 mm/pixel, podendo percorrer até 5 mil hectares por dia, em velocidade de 200 km/h. Segundo a empresa, essas imagens são potentes ao ponto de, em apenas um sobrevoo, identificar problemas do topo das plantas até o nível do solo.

Segundo o engenheiro agrônomo e supervisor de marketing para cana e pastagem da UPL Brasil, Luciano Almeida, essa ação é um dos pilares do investimento de US$ 200 milhões que a empresa fará no Brasil nos próximos anos, visando contribuir para o aumento da produtividade no agronegócio nacional.

“O impacto das pragas e doenças nas pastagens é elevado, tendo em vista o alto investimento feito pelos agricultores no combate a esses problemas”, analisa o especialista, informando ainda que, apenas no primeiro semestre deste ano, 13,6 milhões de hectares de pastos foram tratados com defensivos agrícolas. “Com isso, US$ 60 milhões foram aplicados nessas soluções, evitando deficiências na alimentação dos rebanhos, algo que poderia elevar o preço da carne e do leite ao consumidor”, acrescenta.