Criar cabras leiteiras e transformar a atividade em um negócio próspero e rentável. Foi com esse objetivo que a produtora Marli Alves, juntamente com sua família, substituiu a criação de vacas pela de cabras e construiu uma agroindústria familiar de pequeno porte voltada à produção de leite caprino e derivados.

Após 15 anos de muito trabalho, a Capril Santa Cecília, localizada na cidade mineira de Itaguara, começou a se destacar no mercado. Além de conquistar prêmios nacionais e internacionais com seus produtos, recentemente, também conseguiu o registro de habilitação sanitária concedido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com a inclusão no Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi), que padroniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal no país.

“Com a inclusão no Sisbi, os produtos do capril podem, agora, ser comercializados em todo o território nacional”, comemora a produtora. É a primeira agroindústria familiar de pequeno porte de leite de cabra a conseguir esse feito em Minas Gerais. “Para a gente é muito importante, depois de tanta luta, é como conseguir uma premiação. Estamos rindo à toa”, afirma Marli Alves que, além da família, conta com o trabalho de três funcionários no capril.

A maioria do plantel do capril é formada de animais da raça leiteira saanen.  A ordenha é geralmente realizada duas vezes ao dia.  Na entressafra, a produção total na propriedade é de 45 litros/dia. Em épocas de pico, esta quantidade triplica. Segundo a empresária, a produção da agroindústria da propriedade é voltada principalmente para a produção de queijos finos. São cerca de 150 quilos por semana, com destaque para os queijos maturado, frescal, temperado, padrão e cremoso tipo boursin. Também são produzidos doces, manteiga, leite pasteurizado e iogurte.

“Os produtos já são comercializados em grandes redes de supermercados, em Belo Horizonte e região metropolitana, graças a um registro provisório concedido pelo IMA, que permitia as vendas no Estado mineiro. Além disso, a empresa realiza vendas on-line e, antes da pandemia, fazia muito sucesso pelas feiras em Minas Gerais”, conta a empresária, destacando que, com o registro definitivo e o aval para comercializar em todo o País, os planos são muitos. “Estávamos recebendo propostas de compradores de São Paulo, Natal e Florianópolis, só que não tinha como enviar. Agora iremos atrás dos interessados para fechar as negociações”, comemora Marli.