A maioria das pessoas tem nojo, medo, repugnância e outros sentimentos do gênero quando o assunto é cobra. Mas tem gente que gosta e até cria em casa como animal de estimação.

Dentre os que gostam, a serpente de maior prestígio é a jibóia, que não é venenosa.

A jibóia é uma cobra constritora, ou seja, enrola-se na vítima e a aperta com uma força muito grande. Depois que engole fica muito tempo “jiboiando”, digerindo lentamente o animal, em estado de completa letargia, dormindo, imóvel. Esse estado pode durar semanas.

O interesse em manter em casa um animal desse tipo é o fascínio que ele provoca, um pouco pelo medo e também por sua excentricidade, seu modo de ser, seus hábitos, suas reações.

O nome científico da jibóia é Boa constrictor. Quando adulta, pode chegar a dois metros de comprimento e excepcionalmente, até quatro metros.

No Brasil ela pode ser encontrada em várias regiões diferentes, como: Mata Atlântica, restingas, mangues, no Cerrado, na Caatinga e na Floresta Amazônica. No nosso país existem duas subespécies: Boa constrictor e Boa constrictor amarali. A primeira é mais calma, mais mansa e de hábitos mais pacíficos. É mais encontrada na Região Amazônica e no Nordeste. A jibóia amarali é mais comum nas regiões Sul e Sudeste.

Embora tenham atividade diurna, são mais de hábitos noturnos.

São animais ovovivíparos porque a maior parte da incubação ocorre em ovos separados do corpo da cobra mãe. A gestação dura cerca de seis meses. Nascem 12 a 64 crias em cada ninhada, com quase 50 cm de comprimento.

A refeição predileta da jibóia é o rato, embora ela também coma outros pequenos mamíferos e também aves e lagartos. Sempre matam as presas por constrição.

Apesar da sua fama de perigosa a jibóia é um animal dócil e inofensivo e tem um alto valor como animal de estimação.

Manter uma jibóia sem autorização do Ibama pode dar multa e cadeia. A legalizada pode custar algo em torno de R$3 mil a R$6mil.

Quem cria jibóia como animal de estimação, geralmente também cria ratos de laboratório para alimentá-las. Eles são servidos vivos!

Embora mansas, elas têm dentes e mordem. É preciso ter muito cuidado com os olhos quando se está manuseando uma jibóia. Devem ser evitados movimentos bruscos.

As principais doenças que acometem as jibóias são causadas por vírus, mas elas podem contrair uma série de outras doenças causadas por bactérias, vermes, bicheiras e carrapatos.

Existem veterinários especializados em animais silvestres.