Com apenas 4,4 milhões de habitantes, esse país isolado no sudeste do Oceano Pacífico, dividido em duas ilhas principais, a Ilha do Norte e a Ilha do Sul, e um dos mais altos índices de desenvolvimento humano do mundo, de idioma predominantemente inglês, com renda per capita de cerca de US$ 30 mil, produz (e exporta) carne ovina, leite e laticínios com tecnologia avançada e alta produtividade.

A Nova Zelândia tem uma longa e orgulhosa história no agronegócio. Mais do que qualquer outro país desenvolvido, a economia, as pessoas e o ambiente da Nova Zelândia dependem do sucesso das nossas indústrias baseadas na terra” – afirma Hon Steven Joyce, Ministro do Desenvolvimento Econômico, Ciências e Inovação em concordância com o Ministro de Indústrias Primárias Hon Nathan Guy (correspondente ao nosso Ministro da Agricultura).

Cultura da inovação

Segundo os dois ministros, “O grau de exposição do setor agrícola da Nova Zelândia aos mercados internacionais único, com mais de 95% da produção de leite exportada. Tal ambiente promoveu uma cultura de inovação permanente, com empresas da Nova Zelândia demonstrando uma habilidade inata para comercializar a investigação científica, levando ao surgimento de uma indústria primária de classe mundial”.

A Nova Zelândia construiu com sucesso sistemas altamente competitivos e eficientes de produção primária e exporta para todos os quadrantes do globo.

Integração

“Através da integração da tecnologia líder de mercado” – afirmam as citadas autoridades neozelandesas – “nossos experientes operadores processam grandes volumes de produção e comercializam esses produtos numa ampla gama de mercados internacionais, particularmente os produtos lácteos e carne de ovinos de alta qualidade. A experiência da Nova Zelândia em agronegócios fornece a solução de problemas em ambientes complexos em todo o mundo”.

Foto: Zoe Tester – NZTE / Ordenha com equipamento moderno

Produção em pastagens

Um dos diferenciais importantes, sob o ponto de vista da economia da produção, é o know-how que os produtores neozelandeses adquiriram, com a passagem do tempo, nos sistemas de produção em pastagens. Eles garantem que suas empresas, “centradas em soluções”, estão bem equipadas para atender à crescente demanda global por alimentos “seguros e confiáveis”.

Foto: Zoe Tester – NZTE

Enfrentando o risco da fome

Até o ano de 2050, a produção agrícola global precisará aumentar em 70% para poder alimentar uma população que crescerá dos atuais sete para nove bilhões de habitantes.

Segundo afirmam as autoridades daquele país, “A Nova Zelândia está bem posicionada para enfrentar os desafios decorrentes de uma série de megatendências internacionais. As economias estão crescendo, as populações estão aumentando e sua florescente classe média está procurando fontes seguras e confiáveis de alimentos”.

“O agronegócio é a espinha dorsal da Nova Zelândia e os produtos primários contribuem com mais de dois terços dos bens exportados pelo país”

A espinha dorsal

O agronegócio é a espinha dorsal da Nova Zelândia.

Há 100 anos, os pioneiros descobriram que o clima temperado (médias entre 10 – 16°C) e os solos do país eram apropriados para a exploração de pastagens e começaram o desenvolvimento de sistemas de produção de alimentos de uma pecuária de expressão mundial.

Os produtos primários contribuem com mais de dois terços dos bens exportados pelo país.

Transferência de tecnologia

Segundo a opinião dos especialistas em agrostologia “existem oportunidades consideráveis para modificar e adaptar o sistema de pastejo da Nova Zelândia e aplicar esse conhecimento em outros climas e localizações geográficas”.

Num sistema de exploração em pastagem, os fazendeiros maximizam a produção convertendo o pasto e outras forragens em produtos lácteos e carne por meio do manejo eficiente.

Foto: NZTE / Ovelhas no pasto

Manejo

Gado de corte, vacas leiteiras e ovelhas são alimentados principalmente no pasto, com feno, silagem e culturas utilizadas nos meses de inverno, quando o crescimento do pasto é mais lento.

Os animais pastam durante todo o ano, com um planejamento cuidadoso de intensidade de lotação e rotação, programa de renovação do pasto, escolha de cultivares e aplicação de adubo.

Custo menor

Demanda de capital e custos operacionais muito menores são dois dos principais benefícios de um sistema de exploração com pastagem, comparado a outros sistemas de produção.

Segundo os especialistas neozelandeses, “Os sistemas tradicionais de confinamento operados, na maioria dos outros mercados, têm o gado alojado em celeiros ou em confinamento, um sistema que envolve consideravelmente mais infraestrutura (edifícios e maquinaria) e requer investimentos para a alimentação e custos muito maiores. Esses sistemas são mais vulneráveis aos custos flutuantes dos insumos, como os preços do milho e do óleo”.

Tecnologias inovadoras

Na busca por sistemas agropecuários mais inteligentes e mais eficientes, os produtores da Nova Zelândia mantêm estreito contato com a comunidade científica e do agronegócio. Muito comumente, eles desenvolvem trabalhos conjuntos com os centros de pesquisa na busca de tecnologias inovadoras.

A região Central da Ilha do Norte, principalmente, está conquistando fama como o “Vale do Silício do agronegócio”.

A região sedia, além de modernas empresas do agronegócio, vários institutos e universidades dedicados à pesquisa de ponta. Esses centros de pesquisa colaboram com os fazendeiros e com as empresas para desenvolver soluções que combatem os fatores que afetam a produção e o desempenho das fazendas, como a formação da pastagem, a conservação do solo e da água e o controle das pragas.

Foto: Zoe Tester – NZTE / O equipamento possibilita a um operador ordenhar 400 vacas/hora.

Ordenha supereficiente

A indústria da Nova Zelândia alcançou níveis tão elevados de eficiência que seus sistemas de alta tecnologia permitem, que um único operador seja capaz de manejar a ordenha de até 400 vacas, por hora.

Os técnicos neozelandeses explicam como isso é possível. “Como as fazendas aumentaram em escala ao longo dos anos, a tecnologia também permitiu aos fazendeiros lidar com mais animais, reduzindo, ao mesmo tempo, o custo da mão de obra.

As granjas leiteiras têm, atualmente, um maior número de vacas sendo ordenhadas por menos pessoas como resultado direto das inovações desenvolvidas na fazenda, tais como removedores automáticos de teteiras, spray de tetas, lavadores de currar, amostragem de leite, alimentação e portões para manejo.

Educação

A qualificação de pessoal, através de modernos sistemas de educação, é um dos pilares responsáveis pelos altos níveis de produtividade alcançados pela pecuária da Nova Zelândia.

O país está sempre disposto a receber estudantes de outros países e a compartilhar com eles técnicas e informações capazes de melhorar a produtividade em seus países de origem.

Fonte: New Zeland Trade and Enterprise

agribusiness@nzte.gov.nz