Livres na natureza, em seu habitat natural, sem a interferência do homem, os animais se reproduzem segundo o ritual de cada espécie, sem problema algum. Não precisam da ajuda de ninguém, e, ano após ano, década após década, século após século, tudo acontece como deve acontecer. E as espécies vão se desenvolvendo e se modificando para adaptar-se às alterações do ambiente em que vivem.

O pioneiro desse estudo foi o cientista inglês Charles Darwin, criador da “Teoria do Evolucionismo”, no século XIX.

Darwin afirmou que o homem e o macaco descendem de um mesmo animal pré-histórico, o que não quer dizer que ele seja um descendente direto do macaco. As espécies evoluem para poder adaptar-se às variações do meio ambiente.

Mas, sob a muito antiga, forte e permanente influência do homem, através do processo de domesticação, os animais, como a cadela e a gata, perderam muito da sua capacidade natural de cuidar sozinhas dos seus problemas de gestação e do parto, mesmo porque o direcionamento para formar as raças (de cães existem mais de 400) criou os animais “artificiais”.

A consequência é que o mundo dos animais domésticos difere muito do que acontece na natureza, e isso explica, ao menos em grande medida, a ocorrência de dificuldades de reprodução e, notadamente, de parto, como é o caso, por exemplo, de cadelas que cruzam com machos muito maiores do que elas, gerando ninhadas que terão dificuldade de nascer. É quando se torna necessária a intervenção do veterinário – inclusive cirúrgica – para que tudo termine bem.

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