Era uma instituição privada, francesa, criada com o apoio de Luis XV e que nasceu com uma dotação de 50 mil libras, do governo, para o prazo de 10 anos e que começou a funcionar numa casa modesta no bairro de Guillotière.

O fundador, advogado Claude Bourgelat (1712-1770), um apaixonado por hipismo e amigo do rei, apesar de sua boa-vontade não estava preparado para o desafio que se impôs, embora aos 28 anos de idade já houvesse escrito o Traité de cavalerie e dez anos depois o Eléments d’hippiatrique. É que se preocupava exclusivamente com o cavalo pouco se importando com os outros animais de criação, de valor econômico e social. E ainda teve que enfrentar a pressão dos proprietários rurais que queriam melhorar as habilidades dos seus funcionários analfabetos para trabalhos no campo e nas tropas.

Claude Bourgelat

Apesar das dificuldades, a Escola de Lyon progrediu e inspirou a criação de outras   como a também   já citada   de   Alfort que se destacou como o único instituto de primeira classe na reforma do ensino veterinário empreendida por Napoleão, em 1813. As de Lyon, Turim, Aix-la-Chapelle e Zutphen ficaram com a segunda classe.

A reforma criou dois tipos de profissionais: os médicos veterinários, com cinco anos de formação e os maréchaux-vétérinaires, com apenas três anos.

No final do século XVIII, os Estados Unidos deram grande desenvolvimento à pesquisa veterinária e às medidas sanitárias aplicadas aos rebanhos comerciais, mas foi na Alemanha que a atividade veterinária científica alcançou um alto nível de importância com a publicação de numerosos trabalhos da melhor qualidade, e também de revistas especializadas.