Artigo por: Môsar Lemos, Médico Veterinário. Ornitopatologista.

Introdução

A doença conhecida como gripe aviária ou influenza aviária é provocada por vírus do grupo Influenzavirus A. É uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), altamente contagiosa que afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres, vários mamíferos e ocasionalmente o homem.

As epizootias de gripe aviária podem trazer consequências graves para a indústria avícola, para a saúde das aves selvagens e para os meios de subsistência dos produtores. A gripe aviária pode matar lotes inteiros de aves comerciais, causando perdas devastadoras para o setor avícola, com um forte impacto social representado pela redução do número de empregos diretos e indiretos oferecidos pelo setor. Vale ressaltar que o Brasil tem atualmente a segunda avicultura do mundo em volume de produção, e a primeira em volume exportado, sendo um dos setores mais competitivos do agronegócio brasileiro.

O vírus

A ratificação das propostas taxonômicas do grupo de estudos do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) passou a designar os gêneros dos vírus influenza tipos A, B e C, da família Orthomyxoviridae como Influenzavirus A, Influenzavirus B e Influenzavirus C (PRINGLE, 1996). Os Influenzavirus B e C são encontrados principalmente em humanos (RITCHIE & KARTER, 1995)

Os Influenzavirus A ocorrem principalmente em aves, porém já foram isolados de diversas espécies de mamíferos, inclusive o homem, e têm sido associados a episódios de doenças respiratórias em várias aves e mamíferos (GERLACH, 1994). A infecção em humanos pode ocorrer muito raramente, embora a letalidade seja alta (acima de 50%). O principal fator de risco de transmissão de aves para humanos é o contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminados por fezes e secreções. O ato de depenar, o manuseio de carcaças de aves infectadas e a preparação das aves para consumo, especialmente em ambientes domésticos, também são fatores de risco. (OPAS, 2023).

Desde a introdução da influenza aviária A (H5N1) nas Américas em 2014, foram notificadas apenas três infecções em humanos: a primeira nos Estados Unidos da América em 2022, a segunda no Equador em 2023, e a terceira no Chile, também em 2023 (OPAS, 2023).

O Influenzavirus A é o único tipo atualmente considerado de importância Veterinária (DASZAK et al, 2000).

O Influenzavirus A pode ser categorizado em 18 subtipos H (H1-18) e 11 subtipos N (N1-11), com base na diferente antigenicidade das proteínas de superfície hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). Pelo menos 198 subtipos podem ser encontrados em função da combinação de uma hemaglutinina e uma neuraminidase. A hemaglutinina é uma glicoproteína responsável pela ligação do virion aos receptores das células alvo e é mediadora da fusão das membranas viral e celular. A neuraminidase é uma enzima envolvida na liberação de virions recém-sintetizados pelas células infectadas pelo Influenzavirus A (RITCHIE & KARTER, 1995; SWAYNE et al, 2019).

De acordo com o índice de patogenicidade, são classificados como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ou Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP). Até o momento, somente alguns subtipos H5 e H7 foram identificados como responsáveis pelas infecções de IAAP. A maioria dos isolados de H5 e H7 e todos os outros subtipos são caracterizados como de baixa patogenicidade (MAPA, 2023c).

Transmissão e disseminação

Os vírus da Influenza Aviária (IA) são eliminados nas fezes e nas secreções respiratórias. Podem ser transmitidos através do contato direto com secreções de aves infectadas ou através de água e alimentos contaminados. Devido à sua natureza resistente, e a capacidade de sobreviver durante longos períodos em baixas temperaturas, estes vírus podem ser transportados nas roupas, calçados, equipamentos e utensílios e espalhar-se facilmente de uma população para outra (SWAYNE et al, 2019).

As aves selvagens migratórias, especialmente as aquáticas, são os hospedeiros naturais e o reservatório dos vírus da gripe aviária, que podem transportar no trato respiratório ou intestinal diferentes cepas do vírus. As aves que apresentam poucos sintomas da doença durante a migração podem espalhar o vírus a grandes distâncias, ao longo das rotas migratórias. As aves selvagens também desempenham um papel importante na evolução e manutenção dos vírus da gripe aviária, pois a maioria destas aves é gregária e forma bandos com milhares de indivíduos de diversas espécies (SWAYNE et al, 2019). Segundo o CEMAVE (2019), a principal rota de migração de aves no Brasil é a rota Atlântica, ao longo da costa, desde o Amapá até o Rio Grande do Sul.

As principais espécies selvagens envolvidas no ciclo viral da gripe aviária são aves aquáticas, incluindo neste grupo aves marinhas costeiras e pelágicas, como gaivotas e trinta-réis, e as aves limícolas que se concentram principalmente nas lagunas e banhados durante a migração, como os maçaricos e batuíras (USGS, 1999; OPAS, 2023). Neste momento ocorre contato entre aves visitantes e residentes, crucial para a disseminação dos vírus, que parece circular facilmente entre as diversas espécies (USGS, 1999).

A exposição direta de aves de criação às aves selvagens é um caminho provável de transmissão do vírus, sendo fundamental impedir o contato das aves domésticas com aves selvagens para eliminar o risco de introdução da gripe aviária nos lotes comerciais (MAPA, 2023c). Como a maior concentração de granjas avícolas ocorre no interior e, portanto longe das cidades litorâneas, fica difícil o contato das espécies marinhas migratórias com as aves alojadas em galpões comerciais.

Prevenção e Controle

Embora vários países estejam continuamente desenvolvendo vacinas para humanos, suínos e aves, a vacinação de aves contra IA não é permitida no Brasil, uma vez que até hoje não foi registrada a doença em plantéis comerciais (MAPA, 2023f). Os Influenzavirus são vírus de RNA e por isso estão sujeitos a mutações frequentes que causam alta variabilidade, uma vez que não possuem a capacidade de corrigir o processo de cópia do RNA para a formação de uma nova partícula viral. Como consequência, as vacinas não conferem uma boa proteção, e podem mascarar os sinais, dificultando o diagnóstico (RITCHIE & KARTER, 1995).

A detecção de doenças em animais silvestres é importante tanto no contexto ambiental como em saúde pública, pois estes animais funcionam como sentinelas, refletindo a presença de novos patógenos, de forma precoce (DASZAK et al, 2000).

Da mesma forma as medidas de biosseguridade como rodolúvios, galpões telados, sistema “all in, all out” (MAPA, 2009) devem ser a muralha implantada nas granjas visando impedir a entrada de microrganismos patogênicos nos plantéis avícolas.

Sintomatologia

A maioria das infecções por vírus da gripe aviária de baixa patogenicidade não determina sintomatologia em aves selvagens. (GERLACH, 1994; SWAYNE et al, 2019). Nas aves domésticas (galinhas e perus) os sinais clínicos refletem anormalidades nos sistemas respiratório, digestivo, urinário e órgãos reprodutivos. Os sinais mais frequentes são tosse, espirros, estertores e lacrimejamento excessivo. Além disso, apresentam sinais clínicos inespecíficos como penas arrepiadas, depressão, diminuição da atividade, letargia, diarreia, diminuição da alimentação e no consumo de água. Por não ser uma doença crônica o emagrecimento não é comum. As reprodutoras e poedeiras mostram redução na produção de ovos (PERKINS & SWAYNE, 2001; SWAYNE et al, 2019; ).

A maioria dos vírus da gripe aviária de alta patogenicidade não se replica ou se replica em um grau limitado nas aves selvagens e nos patos domésticos, produzindo poucos sinais clínicos (GERLACH, 1994; SWAYNE et al, 2019). Em galinhas domésticas, perus e outros galiformes, os sinais refletem replicação do vírus e danos a múltiplos órgãos. Na maioria dos casos a doença é fulminante com algumas aves sendo encontradas mortas antes da observação de quaisquer sinais clínicos. O principal sintoma da doença causada por vírus IAAP, H5 ou H7, é a morte súbita, podendo ser superior a 60% ou chegar a 100%. (SWANEY et al, 2019). Entre os sobreviventes alguns indivíduos podem apresentar tremores de cabeça e pescoço, incapacidade de ficar em pé, torcicolo, opistótono e outras posições incomuns. Os sinais respiratórios são menos proeminentes do que com os vírus de baixa patogenicidade, mas podem incluir estertores, espirros e tosse. Os galpões ficam silenciosos devido à redução da atividade e das vocalizações normais das aves (PERKINS & SWAYNE, 2001; SWAYNE et al, 2019).

Situação atual no Brasil

Em 15 de maio de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) relatou a primeira detecção de influenza aviária no país, em dois Trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), ambos no litoral do estado do Espírito Santo.  Segundo o MAPA (2023a) o estudo das amostras confirmou o Influenzavirus A (H5N1). Em 22 de maio de 2023, foi declarado pelo MAPA através da Portaria No. 587, “estado de emergência zoosanitária” em todo o território nacional por 180 dias. Em 05 de outubro de 2023 o MAPA relatou a 1ª detecção do H5N1 em mamíferos aquáticos, um leão-marinho-da-Patagônia (Otaria flavescens), no município de Rio Grande no litoral do estado do Rio Grande do Sul (MAPA, 2023b).

Até 30 de outubro de 2023, 137 focos de influenza aviária A (H5) foram confirmados: 130 em aves silvestres; 4 em mamíferos marinhos e 3 em aves de subsistência, distribuídos em 8 estados, envolvendo 65 municípios (Tabela 1). Até o momento, não foram detectados focos em aves de produção ou casos em humanos de infecção por influenza aviária (MAPA, 2023d).

Tabela 1. Brasil – Focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) até 30/10/2023.

ESTADOS MUNICÍPIOS ENVOLVIDOS FOCOS IAAP  
SILVESTRES SUBSISTÊNCIA TOTAL
BA 4 4 0 4
ES 12 30 1 31
RJ 12 23 0 23
SP 14 42 0 42
PR 5 12 0 12
SC 13 18 1 19
RS 4 5 0 5
MS 1 0 1 1
TOTAL 65 134 3 137

 

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA, 2023d).

As consequências

Neste momento, as medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura e secretarias de estado visam controlar a epizootia e evitar que o vírus chegue às áreas de produção avícola.

A Influenza Aviária (IA) e doença de Newcastle (DNC) são as doenças-alvo da vigilância da Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRNA). Os objetivos são a detecção precoce de casos IA e DNC nas populações de aves domésticas e silvestres; a demonstração de ausência de IA e DNC na avicultura industrial; e o monitoramento da ocorrência de cepas virais da IA para subsidiar estratégias de saúde pública e saúde animal. A população-alvo são aves de produção comercial, de subsistência, de exposição, de ornamentação, de companhia e as silvestres de vida livre ou de cativeiro (MAPA, 2023e). As investigações são realizadas pelo MAPA quando há suspeita de SNRA. Quando o Médico Veterinário Oficial classifica a investigação como um caso provável de SRNA é coletado amostra para diagnóstico laboratorial. Havendo resultado positivo para IAAP, é considerado como foco de IAAP. Cada foco é uma unidade epidemiológica na qual foi confirmado pelo menos um caso da doença. (MAPA, 2023c).

Segundo a ABPA (2023), o Brasil é o segundo maior produtor global e o principal exportador de carne de frango do mundo. É também o sexto produtor mundial de ovos para consumo (Tabela 2), e vem se consolidando como exportador de material genético avícola (Tabela 3).

O setor avícola é uma fonte essencial de empregos diretos e indiretos, pois cria um volume expressivo de postos de trabalho ao longo de sua cadeia produtiva, englobando os funcionários das granjas até aqueles envolvidos na produção de grãos, ração, vacinas, medicamentos, equipamentos, embalagens, transporte, processamento e distribuição, etc., empregando cerca de 3,5 milhões de pessoas (ABPA, 2023).

Tabela 2. Produção, exportação e consumo de produtos avícolas – Brasil 2022.

  Carne-de frango Ovos
Produção 14,5 milhões tons 52 bilhões uni
Exportação 4,8 milhões tons 9.5 mil tons
Consumo per capita 45,2 Kg/ano 241 uni/ano
Valor bruto da produção R$ 112.145 bilhões R$ 20.213 bilhões

 

Fonte: Associação Brasileira de Proteína Animal. Relatório Anual. (ABPA, 2023).

Tabela 4. Exportação de material genético avícola – Brasil 2022

  Volume Valor US$ mil
Pintos de 1 dia 999 ton US$ 101.478 mil
Ovos férteis (galinha) 14.639 ton US$ 77.374

 

Fonte: Associação Brasileira de Proteína Animal. Relatório Anual. (ABPA, 2023).

De acordo com a Organização Mundial para a Saúde Animal (OMSA), um país, zona ou compartimento pode ser considerado livre de IA quando for demonstrado que nem a infecção por IAAP nem por IABP em aves comerciais ocorreu no país, zona ou compartimento durante os últimos 12 meses, com base na vigilância (WOAH, 2023).

É importante ressaltar que a ocorrência de focos confirmados de IAAP em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros (MAPA, 2023d).

 

REFERÊNCIAS

ABPA – Relatório Anual 2023. Associação Brasileira de Proteína Animal. São Paulo: ABPA, 146p. 2023. Disponível em:  https://abpa-br.org/wp-content/uploads/2023/04/Relatorio-Anual-2023.pdf

CEMAVE – R Relatório de Rotas e Áreas de Concentração de Aves Migratórias no Brasil. 3ª. ed,  2019. Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres. Cabedelo: CEMAVE/ICMBio, 2019. Disponível em:  https://www.gov.br/icmbio/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/relatorios/relatorio_de_rotas_e_areas_de_concentracao_de_aves_migratorias_brasil_3edicao_2019.pdf

DASZAK, P; CUNNINGHAM, A. A; HYATT, A. D. Emerging Infectious Diseases of Wildlife –Threats to Biodiversity and Human Health. Science, v.287, p.443-449, 2000.

GERLACH, H. Avian Influenza A (AIV). Chapter 32. Viruses. p.929-931. In: RITCHIE, B. W; HARRISON, G. J; HARRISON, L. R. Avian medicine: Principles and application. Lake Worth: Wingers Publishing, 1994. 1384p.

MAPA – Influenza Aviária. Brasil registra caso de gripe aviária em aves silvestres. Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Brasília: MAPA; 2023a. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/brasil-registra-caso-de-gripe-aviaria-em-aves-silvestres-mapa-alerta-para-cuidados

MAPA – Influenza Aviária. Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Influenza Aviária. Brasília: MAPA; 2023b. Disponível em: https://mapa-indicadores.agricultura.gov.br/publico/extensions/SRN_v2_ES/SRN_v2_ES.html

MAPA – Influenza Aviária. Ficha Técnica. Última atualização em julho de 2023. Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). Departamento de Saúde Animal (DSA). Brasília: MAPA, 2023c. Disponível em: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/fichas_tecnicas/Ficha-Tecnica_IA.pdf

MAPA – Influenza Aviária. Investigações de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves realizadas pelo Serviço Veterinário Oficial (2022-2023). Ministério da Agricultura e Pecuária. Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN) 2023d. Disponível em: https://mapa-indicadores.agricultura.gov.br/publico/extensions/SRN/SRN.html

MAPA – Plano de Contingência para emergências Zoosanitárias. Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e Doença de Newcastle. Versão 1.0, 2023e. Ministério da Agricultura e Pecuária. Brasilia: MAPA, 2023e. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/arquivos-das-publicacoes-de-saude-animal/PCIAeDNC.pdf

MAPA – Vacinas. Influenza Aviária. PNSA – Programa Nacional de Sanidade Avícola. Ministério da Agricultura e Pecuária, 2023f. Brasília: MAPA. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/vacinas

MAPA – Instrução Normativa N.59 de 02/12/2009. Ministério da Agricultura Pecuária. Publicado no Diário Oficial da União N. 232, de 04/12/2009. Seção 1, p.4. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=04/12/2009&jornal=1&pagina=4&totalArquivos=280

OPAS – Avaliação de risco à saúde pública relacionada aos surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) A (H5N1), clado 2.3.4.4b, em espécies animais na Região das Américas. Organização Pan-americana de Saúde. Setembro 2023. Disponível em: https://www.paho.org/pt/documentos/avaliacao-risco-saude-publica-relacionada-aos-surtos-influenza-aviaria-alta

PERKINS, L. E. L.; SWAYNE, D. E. 2001. Pathobiology of A/chicken/Hong Kong/220/97 (H5N1) avian influenza virus in seven gallinaceous species. Vet Pathol. 38:149–164.

PRINGLE, C.R. Virus taxonomy 1996. A Bulletin from the Xth. International Congress of Virology in Jerusalem. Archive of Virology, v.141, n.11, p.2251-2256, 1996.

RITCHIE, B. W; KARTER, K. Avian viruses. Function and control. Chapter 13. Orthomyxoviridae. Lake Worth: Wingers Publishing, 1995, p.351-363.

SWAYNE, D. E; SUAREZ, D. L; SIMS, L.D. Influenza. In: SWAYNE, D. E; BOULIANNE, M; LOGUE, C. M; MCDOUGALD, L. R; NAIR, V; SUAREZ, D. L. Diseases of Poultry, 14th ed. 2019. Ames:Wiley-Blackwell, 1447p.

USGS – Avian Influenza. Chapter 22. Field manual of wildlife diseases. General field procedures and diseases of birds. Section4. Viral Diseases. United State Geological Survey. Biological Resources Division, 1999. Madison: USGS, 1999. 426p.

WOAH – Terrestrial Animal Health Code. Chapter 10.4. Infection with avian influenza viruses. 2023. World Organization for Animal Health. Disponível em: https://www.woah.org/fileadmin/Home/eng/Health_standards/tahc/2018/en_chapitre_avian_influenza_viruses.htm