A preocupação mundial sobre a engenharia genética gerou uma nova disciplina, tratado por alguns como ciência – a biossegurança. Seus preceitos e métodos de análise visam controlar e evitar efeitos indesejáveis dos OGMS (Organismos Geneticamente Modificados) sobre os ecossistemas naturais agrícolas e a saúde humana e animal.

Medidas de precaução e de mitigação passaram a estar incorporadas nos processos laboratoriais e de experimentação de campo. Ferramentas e técnicas se desenvolveram, sempre para mensurar, e assegurar, a biossegurança dos OGMs. Resultado: o lançamento no mercado de um produto, uma variedade ou microrganismo, oriundo da modificação genética, significa enorme esforço de pesquisa e de avaliação de riscos. Métodos rigorosos e onerosos são exigidos para comprovar sua segura utilização.

Por fim, a rotulagem dos alimentos derivados de OGMs, prática adotada mundialmente, deixa com o consumidor a decisão final sobre seu consumo. Nesse ponto, funciona a percepção de risco do consumidor, influenciada pelo marketing e por fatores psicológicos.

Mesmo seguros, cientificamente comprovados, as donas de casa podem não os adquirir por imaginar que, sendo transgênicos, afetam seus valores humanitários. Trata-se de decisões de consumo que ultrapassam a racionalidade. Embora mereçam estudos para serem devidamente compreendidas, é uma decisão individual que necessita ser respeitada.

Transcrição integral do capítulo citado, do livro Agricultura Fatos e Mitos de autoria de Xico Graziano, Décio Luiz Gazzoni e Maria Thereza Pedroso, Edição Baraúna.