Os preços do boi gordo em patamares inferiores aos verificados no ano passado tendem a estimular pecuaristas a aumentar o número de animais que devem ser terminados em sistema de confinamento em 2019. Essa é a expectativa dos colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. De acordo com levantamento realizado pelo órgão, os valores de importantes insumos da alimentação, como farelo de soja e milho, também estão inferiores aos observados no ano passado, em termos reais, favorecendo o confinador.
A entidade levantou também que, o preço médio do boi magro está em R$ 2.011,08/cabeça na parcial de março, 1,47% inferior ao valor registrado no mesmo período do ano passado, em termos reais – valores deflacionados pelo IGP-DI de janeiro de 2019, se consideradas quatro praças paulistas (Araçatuba, Bauru/Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto).
Ainda de acordo com o Cepea, no geral, o animal tem sido negociado entre R$ 1.893,92 e R$ 2.263,27 em março mês, dependendo da região. Considerando o primeiro trimestre deste ano, a média do boi magro está em R$ 1.955,73, ante R$ 2.023,42 no mesmo período de 2018, ou seja, queda de 3,34%, em termos reais.