Tratar lesões e doenças, além da preparação pré-cirúrgica dos animais, aumentando a chance de sobrevivência durante e após a operação, foram o ponto de partida de um centro de pesquisa no Rio Grande do Sul, sediado no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que desenvolveu, de forma pioneira, a primeira câmara hiperbárica para tratamento de animais.

Dessa forma, o Brasil sai na frente com o primeiro centro de pesquisa em terapia hiperbárica do mundo. “O tratamento da terapia hiperbárica trará benefícios tanto na visibilidade das pesquisas quanto na possibilidade de tratamento dos animais, além de todo o aprendizado pelos alunos”, informa Daniel Curvello de Mendonça Muller, professor do Departamento de Clínica de Pequenos Animais da UFSM.

Segundo ele, o método ainda é desconhecido da maioria dos profissionais e consiste em uma terapia auxiliar aos tratamentos convencionais, em que os pacientes são mantidos no interior de uma câmara hermeticamente fechada, com suprimento controlado de oxigênio puro a 100%.

“A utilização desse tipo de equipamento começou na Marinha, quando mergulhadores voltavam para a superfície, e formavam bolhas de ar dentro da corrente sanguínea. A alta pressão de oxigênio comprimia essas bolhas, e elas eram eliminadas”, explica Muller. Ele acrescenta que essa câmara permite tratar os pequenos animais com oxigênio em alta pressão, é super segura e possui várias válvulas sensores que permitem a realização desse tipo de tratamento, que será utilizado apenas com indicações médicas, após todo o processo de consultas, exames e análise de cada caso.