Capins (gramíneas) desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) têm ajudado criadores de gado da Amazônia a manter a atividade pecuária produtiva mesmo em áreas com encharcamento, problema que causa a degradação e morte de pastagens na região.
Adaptados a solos com baixa capacidade de drenagem, esses capins apresentam boa resistência no pasto e elevada produção de forragem de qualidade, características que proporcionam vida longa às pastagens e aumentam a sua capacidade de suporte. Em criatórios do Acre, essas tecnologias mais que triplicaram a taxa de lotação do pasto, que subiu de uma para 3,6 unidades/animal por hectare, com ganhos para as famílias dos criadores e para o meio ambiente.
Esse aumento de produtividade evitou a abertura de novas áreas para a formação de pastagens. Estima-se que foram poupados 23 milhões de hectares de floresta, que não precisaram ser desmatados.
A pecuária bovina brasileira é praticada predominantemente a pasto. Segundo dados da Embrapa, entre 1985 e 2018, área de pastagens no país cresceu 43%, passando de 128 para 183 milhões de hectares. Estima-se que 70% dessa área, cerca de 130 milhões de hectares de pastagens, apresentem algum grau de degradação, situação que causa perdas na produção e prejuízos para os criadores, nas diferentes regiões.
Foto: Carlos Maurício de Andrade