Qualificação de mão de obra, comercialização de material genético e sanidade animal estarão entre os eixos abordados pela entidade
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criou, neste mês de agosto, a Comissão Nacional de Equideocultura, que terá como objetivo intensificar os trabalhos em favor dos produtores rurais e do setor. A equideocultura é a atividade da pecuária que envolve a criação e manejo de equídeos, que abrange cavalos, os asininos (asnos) e muares (burro e a mula).
A presidente da Comissão, nomeada pelo presidente da CNA, João Martins, será a produtora Cristiana Gutierrez que, em janeiro de 2022, tornou-se a primeira mulher a presidir a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM). Ela também é proprietária do haras Morada Nova, em Inhaúma (MG).
Os principais eixos abordados pela Comissão Nacional de Equideocultura da CNA serão a qualificação de mão de obra; a comercialização de material genético, sanidade animal, esportes e outros temas a serem definidos pela comissão.
Outro tema da reunião entre João Martins e Cristiana Gutierrez foi o Centro de Excelência em Zootecnia do Senar, em Feira de Santana (BA). Dentre outras atividades, no local, serão disponibilizados cursos de formação profissional com ênfase no processo produtivo de equinos para atender a demanda por profissionais qualificados em todo o país.
Cenário do setor
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil possui aproximadamente 6,8 milhões de equídeos (equinos, asininos e muares). Desses, 5,8 milhões são equinos e 990 mil asininos e muares.
Os números apontam que, em relação aos equinos, Minas Gerais é o Estado com o maior rebanho da espécie, com 804 mil animais; seguido pelo Pará (517 mil); Rio Grande do Sul (492 mil); Mato Grosso (449 mil) e Bahia (443 mil).
Os demais dados citados no levantamento mostram que, no caso dos muares, os Estados da Bahia, Pará e Minas Gerais têm maior representatividade com 80 mil animais, cada. Já a Bahia, possui o maior rebanho de asininos, totalizando 93.154 animais.
Em relação ao mercado de exportação de equídeos, dados apontam que o setor movimentou, em 2023, US$ 22 milhões e, até julho de 2024, US$ 9 milhões.