A retração na demanda de carne, registrada em diversas regiões do País, tem segurado a alta nos preços da arroba do boi gordo. Exemplo disso é que parte das indústrias paulistas, em especial as de pequeno porte, estão pulando dias de abate e com altos índices de ociosidade. Em razão desse cenário, as programações de abate estão artificialmente mais alongadas em relação a períodos anteriores.
Mesmo indústrias de grande porte, que possuem parcerias e contratos de boi a termo, apresentam escalas de abate mais espaçadas. Essa folga permite aos frigoríficos testarem o mercado e ofertarem preços abaixo da referência.
Com esse cenário atual, dificilmente haverá grandes valorizações para a arroba do boi gordo nos próximos meses, mesmo com oferta limitada de boiadas, pois a margem de comercialização das indústrias continua em patamares acima da média histórica.