Em sua maioria, as pesquisas em nutrição de ruminantes realizadas nas últimas décadas tinham como objeto de estudos o rúmen, sua fisiologia e formas de manipulação via dieta. Porém, há outro órgão, que está diretamente ligado ao aproveitamento alimentar do animal: o intestino.

Além de ser o principal órgão para absorção de nutrientes, o intestino é a principal barreira física entre o meio externo e o animal, abrigando 70% das células do sistema imune. Ou seja, intestino eficiente faz toda a diferença, é sinônimo de animal saudável e mais produtivo.

Algumas pesquisas realizadas recentemente identificaram que é possível modular a barreira intestinal, seu microbioma e o sistema imunológico intestinal a partir da dieta oferecida aos animais. A modulação intestinal pela dieta garante a ingestão dos componentes necessários para preparar o animal para qualquer fator estressante e para maximizar a eficiência de absorção de nutrientes.

Alguns aditivos nutricionais probióticos já são utilizados nos Estados Unidos, com foco na eficiência intestinal, e muitos estudos, realizados nesse sentido, demonstram resultados satisfatórios em unidades produtivas que fazem uso desses nutrientes.

Para se ter uma ideia, o sistema imune de um animal adulto ao ser ativado tem um custo energético de aproximadamente 1 kg de glicose (açúcar) por dia. Se isso fosse convertido em kg de dieta, seriam necessários alguns quilos de milho ou outros ingredientes energéticos apenas para suprir essa demanda. Portanto, aditivos na dieta que modulem o microbioma e o sistema imune garantirão mais saúde e eficiência em todas as fases da produção.

Com informações da assessoria de imprensa Kemin
Foto de capa: Felipe Rosa/Embrapa