Bifosfonatos são alternativas ao tratamento, mas não para todos os animais e nem para todos os problemas ósseos
Utilizados para tratamento de injúrias do sistema esquelético, os Bifosfonatos (BF) são fármacos que têm como principal efeito a inibição da ação dos osteoclastos, células responsáveis pela reabsorção e modulação óssea.
Associado a isso e por apresentarem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas muito eficientes, os BF caracterizam-se por serem os escolhidos para o tratamento de patologias ósseas degenerativas, como Osteoartrite (OA) e Síndrome do Navicular (ou Síndrome Podotroclear) nos equinos atletas.
Em geral, eles são divididos em dois agentes utilizados na medicina equina, o Tiludronato e o Clondronato, com o primeiro tendo um maior número de estudos científicos publicados, que embasam e respaldam a sua utilização.
“Os bifosfonatos são fármacos que trazem benefícios ao equino atleta de alta performance e com eficácia comprovada. Mas é importante saber que eles não servem para todos os problemas ósseos do animal”, alerta a médica veterinária e gerente da linha de equinos da Ceva Saúde Animal, Pollyana Braga. “Por inibir a ação das células responsáveis pela modulação óssea, problemas como as canelites e fraturas não devem ser tratados com esses fármacos”, orienta.
No entanto, segundo ela, é preciso atenção em relação à faixa etária dos animais que podem se beneficiar do uso dos desse produto: “Bifosfonato é medicamento de cavalo adulto. Os equinos com menos de 4 anos ainda estão em fase de crescimento e desenvolvimento de estruturas ósseas importantes, por isso, não é aconselhável a utilização antes dessa idade. Tratar esses animais muito jovens com bifosfonatos pode causar um impacto negativo no desenvolvimento completo desses atletas”, avisa.
Comumente associado ao uso de outros anti-inflamatórios no tratamento conservador de problemas osteoarticulares dos equinos, a forma de administração dos BF mais indicada é a intravenosa, mas muitos estudos também mostram a possibilidade de utilizar o fármaco de forma local através de perfusões regionais, com menos efeitos adversos, como cólica leve, inapetência e letargia.
“A performance do animal atleta está diretamente associada a um tratamento de excelência, segurança e tecnologia, tríade que possibilita que o cavalo expresse seu melhor, com mais saúde, e entregando resultados de grandes campeões”, arremata a especialista.