Comprovar a inexistência de transmissão do vírus da febre aftosa na Região Sul do País e Estados do bloco I do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa é o objetivo dos estudos soro epidemiológico coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Esses estudos fazem parte de uma das etapas do processo para pleitear à Organização Mundial da Saúde (OMS) o reconhecimento dessas regiões como zonas livres de aftosa sem vacinação. A equipe será formada por 120 veterinários dos serviços veterinários dos estados e lideram as equipes de campo que farão coleta de amostras de sangue e a inspeção clínica dos animais, além da aplicação de um questionário que deve ser respondido pelo produtor rural. A metodologia utilizada e os resultados obtidos irão compor o relatório que será enviado à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
A seleção das propriedades foi feita por amostragem e abrangerá 995 estabelecimentos rurais, com cerca de 50 mil bovinos. A conclusão dos estudos está prevista para o mês de julho. Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Geraldo Moraes, o resultado do trabalho será encaminhado ao Grupo ad hoc de febre aftosa do Comitê Científico da OIE, que avaliará o atendimento das condições necessárias para reconhecimento internacional das áreas como livres de aftosa sem vacinação. Caso o comitê recomende o pleito do Brasil, a proposta será enviada à Assembleia Geral da OIE, prevista para ocorrer em maio de 2021, quando os membros irão votar o reconhecimento.