A raça foi desenvolvida pelo engenheiro agrônomo Raul Almeida de Morais neto, proprietário de Fazenda Santa Rita. em Torixoréu, Mato Grosso. Para formação da Araguaia, Raul contou com o auxílio do especialista em genética bovina Gismar Silva Vieira que faz parte da administração fazenda.
De pelagem clara e adaptada ao clima seco e quente de Mato Grosso a raça tem como base de sua alimentação pastagens nativas do estado.
A raça, que recebeu o nome de Araguaia em alusão ao rio do mesmo nome que passa por Torixoréu, tem em sua composição sangue de três raças: Nelore (originário da Índia) Caracu (raça europeia adaptada) e Blonde D’aquitaine (raça francesa).
Dócil e rústica, a Araguaia se caracteriza pela alta capacidade de produção. “Tanto que, segundo Raul, as fêmeas produzem bastante leite e os bezerros desmamam bem mais pesados. Enquanto um bezerro Nelore, de cinco meses e meio, pesa 185 quilos, um Araguaia, da mesma idade, pesa 275 quilos”.
O criador chama atenção para outro diferencial da raça:
“Em um experimento feito pelos pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, foi possível comprovar que os cruzamentos de touros Araguaia com matrizes Nelore tiveram, em média, duas arrobas a mais do que os animais puros Nelore da mesma idade”.
Para certificar a pureza racial dos produtos e acompanhar a distribuição geográfica do rebanho foi criada a Associação Brasileira de Criadores da Araguaia (ABCRA).