O desenvolvimento da anestesia foi uma conquista importante para o progresso tanto da medicina humana como da medicina veterinária e da odontologia. Sua história é muito antiga, mas foi a partir de 1842 que Crawford Long observou a capacidade do éter de suprimir a dor durante a execução dos processos cirúrgicos. Essa descoberta, entretanto, não foi imediatamente divulgada. Dois anos após, o dentista Horace Wells utilizou o protóxido de nitrogênio (N2O) nas extrações de dentes, mas a demonstração que fez do seu método não funcionou por falta de um conhecimento mais profundo desse gás.

Crawford Williamson Long, médico norte-americano (1815-1878), no dia 30 de março de 1842 extirpou um tumor do pescoço de um paciente sob a ação do éter e entre esse ano e 1846 executou mais sete intervenções semelhantes sem que os clientes demonstrassem sentir dor, mas, sendo médico do interior só divulgou suas experiências em 1849, ou seja, três anos depois de T.G.Morton ter realizado uma demonstração pública do uso do éter como anestésico.

William  Thomas Green Morton, dentista e estudante de medicina, aluno de Wells, passou a interessar-se pelo problema da dor  e por sugestão de Charles T.Jackson (1805-1880) a estudar as propriedades do éter. Tendo tido bons resultados com cães passou a extrair dentes em pacientes anestesiados com éter. Em outubro de 1846 fez uma demonstração pública no Massachussets General Hospital, em Boston (USA), ocasião em que o famoso cirurgião Warren extirpou um tumor sem que paciente sentisse qualquer dor. Esse foi o marco da futura especialidade médica, a anestesiologia, que teve como primeiro especialista John Snow. Ele ficou famoso em 1853, quando administrou clorofórmio (o então novo gás anestésico introduzido por Simpson) à Rainha Vitória no nascimento do Príncipe Leopoldo.

Várias novas técnicas e drogas anestésicas surgiram no final do século XIX e início do século XX, abrindo novos caminhos para o desenvolvimento da anestesiologia.