A esquizofrenia – todo mundo (ou quase) sabe – é uma doença mental grave, que, de modo simplista, pode ser resumida como uma dissociação do paciente entre a ação e o pensamento, e que inclui mania de perseguição, agressividade, vozes ameaçadoras e outros sintomas que levam grande sofrimento não apenas ao doente, mas a toda família e aqueles que são obrigados a conviver com ele.
Um dos sintomas comuns que ocorre nos esquizofrênicos é a incapacidade de sentir prazer (anedonia) em situações que normalmente são prazerosas. Um esquizofrênico assiste a um gol decisivo do seu time num final de campeonato e não está nem aí. Não vibra, não comemora, não sente satisfação alguma.
Estudo do Instituto Technion, de Israel, levou à conclusão de que o cão pode ajudar no tratamento da esquizofrenia. A companhia do “melhor amigo do homem” ajuda os pacientes a se sentirem menos indiferentes, apáticos e a ficarem mais animados, motivados e interessados no ambiente que os cerca. A pesquisa foi feita comparando 10 pacientes esquizofrênicos tratados na presença de cães, com outro grupo também de 10 pacientes nos quais não houve a presença dos cães durante o período de tratamento.
As seções de terapia duraram 10 semanas, ao final das quais os dois grupos foram analisados. A conclusão foi que os pacientes com a companhia de cães tiveram melhora significativa da capacidade de sentir prazer, quando comparados com o outro grupo.
Segundo os especialistas, embora os indícios sejam favoráveis ao auxílio dos cães no tratamento de pacientes esquizofrênicos, será preciso testar esse método durante um período mais longo de tempo e com grupos maiores de pacientes.