Em muitos sistemas integrados, a silvicultura passou também a fazer parte da equação. Normalmente,linhas de árvores próprias à produção madeireira são plantadas de forma intercalar no terreno das lavouras. Eucalipto, teca, mogno africano, são as espécies florestais que mais têm sido utilizadas no sistema.

Na integração produtiva, na qual entra a pecuária com a silvicultura, esta serve também para amainar a temperatura, tornando-a a mais propícia ao pastoreio animal.

Estudos da Embrapa detectaram aumento da taxa de prenhez, redução dos abortos, e aumento de 50% no número de óvulos viáveis em novilhas com acesso ao sombreamento nas pastagens. A redução de temperatura do ar pode chegar a 12oC na pastagem.

A integração lavoura-pecuária (iLP) e a mais sofisticada, integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), representam, a partir do novo milênio, o início da segunda revolução agrícola no Brasil. Caracterizam um novo modelo tropical de agropecuária.

Esse modelo, ainda em construção, está elevando a produtividade da terra e, ao mesmo tempo, trazendo benefícios ecológicos no campo: (a) realiza integração de cultivos e favorece a biodiversidade, (b) realiza a preservação e incorporação de matéria orgânica no solo, (c) promove o uso racional dos recursos hídricos e (d) compõe um sistema agrícola de baixas emissões de carbono.

Transcrição integral do título citado, do livro Agricultura Fatos e Mitos, de autoria de Xico Graziano, Décio Luiz Gazzoni e Maria Thereza Pedroso, editora Baraúna.