Pesquisa científica e desenvolvimento de produtos de nutrição impactam performance atlética e reprodutiva dos cavalos
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com rebanho de 5,8 milhões de cavalos, o Brasil é, atualmente, o quarto maior mercado mundial de equinos e, conforme estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ), o setor movimenta R$ 30 bilhões e gera mais de 3 milhões de empregos.
Diante desse cenário, as associações das principais raças vêm registrando um expressivo aumento no número de novos criadores. Para o zootecnista Sigismundo Fassbender, gerente de produtos de equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal, essa forte expansão da equideocultura é suportada por uma grande e constante evolução nas rações para cavalos, fruto de investimentos em pesquisa científica e desenvolvimento de produtos inovadores e altamente tecnológicos.
Segundo ele, há 30 anos as rações para equinos eram basicamente compostas por fontes de carboidrato e baixas concentrações de fibra. “Com a evolução genética das raças e das provas, os animais passaram a precisar de maior densidade energética, o que resultou na adição de óleos vegetais para reduzir os riscos gastrointestinais”, aponta.
Evolução
Na última década, ocorreram grandes mudanças na nutrição para equinos. Atualmente, conforme avalia o especialista, a grande tendência no mercado da equideocultura são dietas com baixa concentração de amido. “O principal cuidado com a nutrição é a dieta específica para cada categoria e fase do animal – como potro, animal em manutenção, égua em gestação, égua parida, cavalo de alta performance e cavalo idoso”, orienta.
Ele destaca que, apesar de parecer óbvio, muitos criadores hoje ainda não têm um planejamento estratégico nutricional adequado. “Há um grande número de novos adeptos na atividade e é fundamental que eles conheçam as necessidades e particularidades na criação de cavalos”, constata.
Conforme observa o especialista, “quando se usa o programa nutricional adequado, há menor incidência de cólicas e doenças metabólicas, com maior eficiência para contribuir para que os animais expressem o melhor potencial genético e atinjam o padrão da raça, como altura e peso”, pontua o zootecnista.