O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e o Ministério do Desenvolvimento Regional, se uniram para discutir medidas de fortalecimento do cultivo de camarões no país. Representantes do setor se reuniram com a ministra Tereza Cristina (Mapa) e o ministro Rogério Marinho (MDR), e apresentaram pedido de autorização para importação de matrizes de camarões livres ou resistentes a doenças.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, o objetivo da importação de matrizes é alavancar a atividade no Brasil, que tem um grande potencial para crescer, principalmente na Região Nordeste, onde há maior concentração de produtores, representando mais de 95% da atividade. “Temos um produto nobre, mas precisamos realizar investimentos em genética de qualidade. Assim, teremos um produto ainda mais competitivo no mercado interno e externo”, afirmou.
A ministra Tereza Cristina destacou a importância social e econômica do setor para o Brasil. Atualmente, cerca de 70% são empreendimentos de micro e pequeno porte, 25% são médios e 5%, grandes. Também participaram da reunião os secretários de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., e de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo.
Consulta pública
A ministra lembrou que o Mapa finalizou recentemente uma consulta pública sobre a minuta do texto da análise de risco de importação de camarões não viáveis (limpos, eviscerados, sem casca e sem cabeça) destinados ao consumo humano. O objetivo foi estimar os riscos de introdução e disseminação de doenças de camarão no território nacional a partir da importação de camarões limpos destinados ao consumo humano. A análise tem caráter genérico, ou seja, as conclusões se aplicam ao produto originado de qualquer país exportador.
Foram analisados 44 agentes patogênicos apontados como perigos potenciais para a carcinicultura nacional. Seis foram retidos para a avaliação de risco e os outros 38 não foram considerados perigosos, tendo em vista já terem sido reportados no Brasil, ou porque não foram encontradas evidências científicas que permitissem enquadrar o agente patogênico como um perigo. A fase agora é de análise das sugestões apresentadas durante o processo de consulta pública, que finalizou no dia 14 de fevereiro.
Fonte: Mapa