Amputar a cauda de um cão é uma mutilação, que ainda por cima é desnecessária, visto que não tem nenhuma função, nenhum objetivo prático, nenhuma justificativa.
A vaidade humana – nós todos sabemos – não tem limite e muitas vezes é estendida aos animais. Enquanto estiver limitada a fitinhas, lacinhos, roupinhas e semelhantes, tudo bem, mas chegar ao nível da mutilação é exagero.
Quando a natureza, ainda que sob a forte interferência do homem, como é o caso das raças de cães, faz animais com cauda, sabe o que está fazendo e interferir apenas por discutíveis razões estéticas não é uma boa idéia.
O CFMV – Conselho Federal de Medicina Veterinária – proíbe os profissionais de realizar cirurgias de corte de orelha e das cordas vocais para evitar que latam, mas também as do corte de cauda.
A amputação das garras dos gatos, para que fiquem impossibilitados de causar arranhões nos donos, em outros animais e destruir tapetes e cortinas, também está proibida.
A Resolução do CFMV que trata do assunto diz o seguinte: “Ficam proibidas as cirurgias consideradas desnecessárias ou que possam impedir a capacidade de expressão do comportamento natural da espécie, sendo permitidas apenas as cirurgias que atendam às indicações clínicas”.
Todo mundo sabe que os cães abanam a cauda, por exemplo, quando estão satisfeitos, a escondem entre as pernas quando estão com medo, e assim por diante. Essa é uma “expressão do comportamento natural da espécie”.