Tempos estranhos…, é verdade!

Arte Animal é um novo espaço que se abre, para falarmos de coisas normais e muito íntimas, muito amadas e extremamente importantes, para o ser humano de hoje e de sempre, ávido por um equilíbrio de relacionamento, saudável e equilibrado, com os outros seres da natureza, os ditos animais.

Assistimos a uma série de eventos estranhos, ditos como sendo “fora de padrões”!

Mas…, ficamos a nos perguntar: – “Quais serão os padrões que ainda poderão persistir no futuro próximo?”

Realmente, parece que as coisas estão fora de modelos de normalidade; ou justamente seria essa (a)normalidade do universo, finalmente, reconhecida e consagrada como a ausência de paradigmas?

O mundo de ponta-cabeça!

As notícias que nos chegam, diariamente, dão conta de que o mundo parece ter virado de ponta-cabeça. Até os mais novos começam a repetir a reclamação dos mais velhos: “Está havendo inversão de valores!”

Tempos estranhos e complicados! Tempos cheios de dúvidas e questionamentos!

Estamos de alguma forma perdendo o domínio sobre o real sentido das palavras “normal” e “novo”; ou perdemos a percepção da utilidade das coisas? Artes plásticas ou artes visuais?

Arte Animal…, o que será?

Arte Animal…, o que será que as pessoas vão entender o que queremos referir como tal?

Nas artes, desesperadamente, o mundo criativo continuava tentando ser notado, como diferente, para chamar a atenção, escandalizando as pessoas, onde os artistas queriam ser mais notados do que as próprias obras de arte? Será que os artistas haviam partido para o vale-tudo?

Uma loucura! O abstracionismo já se apresentava como coisa antiga? As propostas de arte de vanguarda ou moderna rondavam os muros dos antigos cemitérios, cujos túmulos pretendiam sepultar o realismo e o naturalismo, cavando no tridimensionalismo do frio mármore, esculpido sem graça, a já consagrada desvalorização dos estilos clássicos?

Logo a seguir, capengando, um pouco atrasada para o enterro, vinha, meio sem rumo e sem compreensão, a proposta da arte conceitual, na qual o artista resolvera que ele próprio é a sua arte e dane-se tudo, desde que fique uma porta de entrada, que pode ser um simples buraco na parede, para que o público interaja e intervenha. Conceitual? Do tipo…, entenderam? Não? Então fod…, perdão, danem-se! Mas, por favor, isso não é arte, animal!

Cada vez mais, a arte se apresenta como um elo legítimo entre o ser humano e os animais de estimação, doméstico ou não. É sobre isso que queremos falar neste e em outros pequenos artigos. Pretendemos mostrar como é possível oferecer, por meio das artes plásticas, uma interface criativa capaz de ressaltar o amor aos animais.

A artista escolhida é…!

Para inaugurar essa série de Arte Animal, escolhemos uma imagem de obra realista de autoria da jovem artista plástica Joelma Pinheiro, mato-grossense, que atualmente tem seu ateliê em Rio das Ostras/RJ.

Um momento inesquecível de lúdico encontro entre o bebê e o cachorrinho de estimação, numa praia. Dia ensolarado; um único brinquedo a unir a criança ao animalzinho, a bolinha de borracha. A cena não apresenta nada de anormal ou estranho, conferindo ao estilo realista da pintora a máxima vontade de destacar o animal.

Alguém poderia dizer que, para ter essa imagem, uma simples câmera fotográfica bastaria. Ledo engano. A artista considerou a cena com elementos que não estavam presentes no mesmo local, como teria sido necessário para um possível clique de uma câmera. Fez a produção da composição a partir de elementos que lhe foram trazidos isoladamente, pela narrativa saudosista de uma família que solicitou a pintura.

Todos os elementos retratados são reais e correspondem ao que foi encomendado, mas a composição é proveniente da criatividade e do talento da artista Joelma Pinheiro.

Imortalizada a cena, na lembrança de todos, sempre ficará registrado o local, a criança, o brinquedo e…, o animal, como uma expressão da felicidade que havia naqueles dias. Uma análise simples nos remete à seguinte indagação: qual seria o efeito dessa imagem sem a presença do cachorrinho? Certamente, haveria um esfriamento da cena e o quadro perderia o sentido, já que o rosto do bebê não está frontalmente identificável.

Neste caso, concluímos que a intenção da autora foi dar ao cachorrinho o papel de protagonista e, portanto, essa é uma verdadeira Arte Animal.

Para conhecer mais sobre a arte de Joelma Pinheiro entre no site: https://www.deslumbrart.com/