O rastreamento desenvolve-se de maneira altamente eficiente e sofisticada. Entidades internacionais como a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e a Organização Mundial de Comércio (OMC), que regulamentam a sanidade animal e o comércio entre as diversas nações, através de acordos, de códigos e de normas internacionais, asseguram ao consumidor garantia de qualidade e segurança cada vez maior. Uma evolução com surpreendente rapidez, resultante do incessante labor de cientistas e técnicos que desenvolvem suas pesquisas em todos os quadrantes da terra, provoca a eclosão de métodos cada vez mais eficientes.

Os países importadores de carne passaram a considerar a sanidade como o fator mais importante da qualidade. A identificação dos animais e a capacidade de rastrear os seus passos são fundamentais no processo de certificação, dentro do sistema de acompanhamento da cadeia alimentar.

Vale ressaltar que a rastreabilidade favorece a vigilância epidemiológica permitindo a melhor gestão da qualidade dos alimentos de origem animal e sua inocuidade, pois garante a efetiva definição da sua origem.

A rastreabilidade permite ao consumidor conhecer a qualidade do produto que consome, através da história de vida do animal, desde o estabelecimento onde nasceu até aquele onde foi abatido, incluindo informações sobre alimentação, medicações, transferências de propriedade, etc.

As informações geradas pelo sistema de rastreabilidade vão atender também a muitas demandas do produtor, tais como manejo e outras técnicas de produção, melhoramento genético, mensuração de rendimentos da produção, etc… Constitui-se, desse modo, importantíssimo fator de desenvolvimento da pecuária nacional.

Transcrição parcial do capítulo homólogo do livro “Rastreabilidade – Pilar da Saúde Pública e Passaporte para Exportação,” publicado pela Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, sob a presidência do Membro-titular da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, René Dubois