Opinião

Opinião2017-07-02T12:21:30-03:00

Juliana Virginio é Médica Veterinária, Especialista em Avicultura e Mestre em Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas – UFRRJ

ABB _ É fato notório que o Brasil é um sucesso, tanto na produção industrial de ovos como na de frangos de corte. Quais as Tecnologias Avançadas que justificam esse sucesso?

JV _ O sucesso da avicultura industrial brasileira, tanto na produção de ovos quanto na de frangos de corte, deve-se a uma combinação de fatores que incluem o desenvolvimento e a adoção de tecnologias avançadas, bem como a implementação de sistemas eficientes de produção.

A modernização da avicultura no Brasil está fortemente ligada à incorporação de tecnologias que otimizam os processos produtivos. Entre essas tecnologias, destacam-se:

Melhoramento Genético: A importação e o desenvolvimento de linhagens genéticas superiores permitiram a obtenção de aves com maior eficiência alimentar, crescimento rápido e resistência a doenças.

Nutrição de Precisão: Formulações de rações balanceadas, adaptadas às necessidades específicas das aves em diferentes fases de crescimento, contribuem para a maximização do desempenho produtivo.

Ambiência Controlada: O uso de sistemas automatizados de controle de temperatura, umidade e ventilação nos aviários assegura o conforto térmico das aves, reduzindo o estresse e melhorando a conversão alimentar.

Biosseguridade: A implementação de protocolos rigorosos de biossegurança minimiza a entrada e disseminação de patógenos, garantindo a sanidade dos plantéis.

Automação e Indústria 4.0: A adoção de tecnologias digitais, como sensores e sistemas de gestão integrados, possibilita o monitoramento em tempo real e a tomada de decisões mais assertivas na produção avícola.

Essas inovações foram fundamentais para transformar a avicultura brasileira em uma das mais eficientes e competitivas do mundo. Conforme destacado no relatório da Embrapa, “Os 35 Anos que Mudaram a Avicultura Brasileira”, a introdução dessas tecnologias resultou em avanços significativos na produção avícola nacional.

ABB _ É verdade que a nossa independência é relativa porque dependemos da importação das matrizes e dos micro-elementos necessários para a fabricação das rações de qualidade?

JV _ Embora o Brasil seja autossuficiente em muitos aspectos da produção avícola, ainda existe uma dependência significativa de importações em áreas críticas:

Matrizes Genéticas: Grande parte das aves matrizes utilizadas na produção nacional é importada, especialmente de países como os Estados Unidos e a Europa. Essa dependência expõe o setor a riscos relacionados a restrições comerciais e sanitárias.

Microingredientes para Rações: Elementos como vitaminas, aminoácidos sintéticos e alguns minerais essenciais não são produzidos em quantidade suficiente no país, necessitando de importação. Isso pode impactar os custos de produção e a formulação de rações de alta qualidade.

ABB _ Solicitamos que compare os antigos (décadas de 40 e 50) índices de produtividade com os atuais.

JV _ A evolução da produtividade na avicultura brasileira ao longo das últimas décadas é notável e reflete avanços significativos em genética, nutrição, manejo e sanidade. Nas décadas de 1940 e 1950, a criação de frangos de corte era predominantemente extensiva, com baixos índices de produtividade. As aves levavam mais de 60 dias para atingir o peso de abate, que girava em torno de 1,5 kg.

Atualmente, graças aos avanços tecnológicos e melhorias nas práticas de manejo, esses números mudaram drasticamente. Os frangos de corte alcançam pesos médios de abate de aproximadamente 2,4 kg em menos de 40 dias.

Além disso, a conversão alimentar, que mede a eficiência com que as aves transformam a ração consumida em peso corporal, melhorou significativamente. Entre 1960 e 2010, a conversão alimentar melhorou em 43,8%, indicando uma utilização mais eficiente dos alimentos.

Esses avanços são resultado de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, que permitiram a obtenção de linhagens genéticas superiores, formulações de rações mais eficientes, melhores práticas de manejo e rigorosos protocolos de biosseguridade. Tais melhorias não apenas aumentaram a eficiência produtiva, mas também contribuíram para a competitividade do Brasil no mercado internacional de carne de frango.

ABB _ O que vigora na Avicultura Industrial é a chamada produção integrada na qual os avicultores não passam de empregados disfarçados – e que assumem os maiores riscos – das grandes empresas integradoras. Nos conte como isso funciona.

JV _ O modelo de produção integrada, predominante na avicultura industrial brasileira, estabelece uma parceria entre empresas integradoras e produtores integrados. Nesse sistema as empresas integradoras fornecem pintinhos, rações, medicamentos e assistência técnica.; enquanto os produtores integrados são responsáveis pela infraestrutura (aviários), manejo das aves e mão de obra.

Embora esse modelo tenha impulsionado a modernização e a expansão da avicultura, existem críticas relacionadas à distribuição de riscos e lucros. Produtores frequentemente arcam com investimentos significativos e riscos operacionais, enquanto as integradoras detêm maior controle sobre os preços e mercados.

ABB _ Que conselhos você dá para os novos colegas interessados em Avicultura Industrial?

JV _ Para os médicos-veterinários que desejam ingressar na avicultura industrial, é essencial compreender que essa área exige mais do que apenas domínio técnico: requer determinação, resiliência, fé e, acima de tudo, postura ética e profissional. A avicultura é um setor altamente tecnificado, competitivo e que não admite amadorismo. O número de profissionais atuantes ainda é relativamente pequeno, o que reforça a importância de manter um bom relacionamento com colegas de profissão, técnicos da cadeia produtiva e, especialmente, com os produtores das regiões onde se pretende atuar. O respeito às hierarquias, à experiência dos mais antigos e a postura colaborativa são fundamentais para construir credibilidade e conquistar espaço no mercado.

Além da competência técnica, o jovem profissional deve desenvolver habilidades emocionais, como empatia, comunicação assertiva e inteligência interpessoal, pois o sucesso na avicultura depende também da capacidade de criar vínculos de confiança com os produtores e colaboradores envolvidos nas granjas. Nesse sentido, o bom veterinário é aquele que alia conhecimento técnico à habilidade de mediar conflitos, orientar com firmeza e clareza, e acompanhar os desafios do campo com comprometimento e empatia.

A constante atualização é outro pilar indispensável. O setor avícola brasileiro é um dos mais avançados do mundo, e as inovações em genética, nutrição, ambiência, manejo e sanidade ocorrem de forma contínua. Participar de congressos, cursos e eventos técnicos, é imprescindível para manter-se competitivo e preparado para os desafios da produção.

Compreender o funcionamento do sistema de produção integrada também é crucial. Nesse modelo, predominante no Brasil, as responsabilidades são compartilhadas entre o produtor e a empresa integradora. O veterinário deve entender as obrigações contratuais, os indicadores de desempenho exigidos e o papel que desempenha como elo técnico entre o campo e a empresa.

Outro ponto central é o foco na biosseguridade. O profissional deve ser rigoroso na implementação e no monitoramento dos protocolos sanitários, pois a prevenção de doenças impacta diretamente a produtividade e a sustentabilidade do sistema. Cabe ao veterinário garantir que todas as medidas – como vazio sanitário, controle de acesso, limpeza e desinfecção, e vacinação – estejam sendo cumpridas com excelência.

Por fim, a ética e o bem-estar animal devem nortear todas as práticas. A avicultura moderna exige que as aves sejam criadas em condições que respeitem suas necessidades fisiológicas e comportamentais. O médico veterinário deve atuar como fiscal e defensor dessas condições, promovendo ações que assegurem o conforto, reduzam o estresse e garantam a sanidade do plantel, conforme preconizado pelas legislações brasileiras e internacionais.

A avicultura industrial é desafiadora, mas também altamente promissora. Com preparo técnico, inteligência emocional e senso de missão, os novos colegas encontrarão não só oportunidades profissionais, mas também a satisfação de contribuir com uma cadeia produtiva que alimenta milhões de pessoas com responsabilidade e amor.

Juliana Virginio

ENTREVISTA

Diogo Conceição- Presidente do CRMV-RJ-Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro

Por Luiz Octavio Pires Leal, da Academia Brasileira de Medicina Veterinária.

 

Quando foi promulgada a lei que criou os Conselhos e o que ela determina?

Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária foram instituídos pela Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968. Essa legislação estabelece as diretrizes para o exercício da profissão de médico-veterinário no Brasil e regula a atuação dos Conselhos, atribuindo-lhes a responsabilidade de fiscalizar e normatizar a profissão em todo o território nacional.

Além disso, a Resolução CFMV nº 5/69 organizou os Conselhos Regionais nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Pará/Amapá.

Entre as principais determinações da Lei nº 5.517/68, destacam-se:

– A exigência de registro nos Conselhos para o exercício legal da profissão;

– A definição das competências dos Conselhos Federal e Regionais;

– A regulamentação das infrações e penalidades aplicáveis aos profissionais;

– A normatização da atuação técnico-profissional da Medicina Veterinária no Brasil.

Qual a razão dessa lei ultrapassada e muito limitante ainda não ter sido atualizada?

A falta de atualização da Lei nº 5.517/68 deve-se, principalmente, à ausência de mobilização política da categoria ao longo dos anos. A Medicina Veterinária é uma profissão essencial para a sociedade, e sua legislação precisa acompanhar as evoluções da área e as demandas atuais dos profissionais.

No entanto, essa realidade está mudando. A atual gestão do CFMV, em parceria com o CRMV-RJ, está atuando ativamente para modernizar a legislação, promovendo um amplo debate com parlamentares e demais órgãos competentes. A atualização da lei é fundamental para garantir um arcabouço jurídico mais eficiente, que fortaleça a profissão e valorize ainda mais o médico-veterinário.

O Sr. não acha que uma legislação ampla poderia promover uma verdadeira revolução, em termos de compreensão e de prestígio, da nossa profissão, a exemplo do que aconteceu com a EMBRAPA?

A criação da EMBRAPA, em 1973, representou um marco para o desenvolvimento da agropecuária brasileira. Com forte investimento em pesquisa e inovação, a empresa pública revolucionou o setor ao proporcionar avanços tecnológicos que tornaram o Brasil um dos maiores produtores agrícolas do mundo.

No caso da Medicina Veterinária, uma legislação mais abrangente e atualizada teria impacto semelhante, elevando o prestígio da profissão e consolidando seu papel estratégico na saúde pública, no agronegócio e na preservação ambiental.

Ao fortalecer o arcabouço legal e garantir melhores condições para o exercício profissional, poderíamos ampliar a valorização do médico-veterinário, assegurando uma atuação ainda mais qualificada e reconhecida pela sociedade.

A inscrição nos Conselhos gera uma substancial renda mensal, mas não permite ampliar muito os serviços prestados. O Sr. concorda com essa premissa? Em caso positivo, qual a solução?

O CRMV-RJ é uma autarquia pública federal regida pela Lei nº 5.517/68, e sua atuação é rigorosamente fiscalizada por órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU).

A arrecadação das anuidades dos profissionais registrados é destinada exclusivamente ao cumprimento das atividades previstas na legislação, como a fiscalização do exercício profissional, a normatização da área e a garantia da ética na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

Embora a receita dos Conselhos seja significativa, sua aplicação segue critérios legais, o que limita a ampliação de serviços. No entanto, a atual gestão do CRMV-RJ tem atuado com austeridade e transparência, garantindo a melhor aplicação dos recursos disponíveis em benefício dos cerca de 22 mil profissionais registrados no estado.

O Presidente dos Conselhos e seus diretores são compensados financeiramente pelo tempo dedicado à administração da entidade? E qual é a sua responsabilidade legal?

Não. A Presidência e a Diretoria Executiva do CRMV-RJ são cargos honoríficos, ou seja, exercidos sem remuneração. Conforme o artigo 19 da Lei Federal nº 5.517/68, cabe ao presidente a responsabilidade administrativa do Conselho, incluindo a prestação de contas aos órgãos federais competentes.

A Diretoria Executiva (DE), composta pelo presidente, vice-presidente, secretário-geral e tesoureiro, é responsável por executar as resoluções do Plenário do CRMV-RJ e auxiliar na gestão administrativa e financeira da entidade, conforme a Resolução CFMV nº 591/92.

Além disso, o CRMV-RJ conta com um Plenário formado por 12 conselheiros (seis efetivos e seis suplentes), que se reúnem mensalmente para deliberar sobre fiscalização, ética profissional e demais questões pertinentes à Medicina Veterinária e à Zootecnia.

O MEC autorizou mais de 600 faculdades de Medicina Veterinária no Brasil, mesmo sem estrutura adequada. Como os Conselhos podem corrigir essa situação?

O CRMV-RJ tem se manifestado ativamente contra a abertura indiscriminada de cursos de Medicina Veterinária sem a estrutura mínima necessária. O Conselho tem promovido debates públicos, campanhas de conscientização e diálogo com órgãos reguladores para exigir maior rigor na autorização de novos cursos e na fiscalização da qualidade do ensino.

O problema da proliferação descontrolada de faculdades prejudica não apenas os estudantes, que pagam altas mensalidades por uma formação inadequada, mas também a sociedade, que precisa de profissionais bem capacitados para atuar com segurança e competência.

O CRMV-RJ continuará cobrando do MEC medidas mais rígidas, além de fortalecer a fiscalização do exercício profissional para garantir que apenas médicos-veterinários qualificados atuem no mercado.

O Exame de Habilitação Profissional em Medicina Veterinária é uma solução viável? Por que ainda não foi implementado?

O CRMV-RJ é totalmente favorável à criação do Exame de Habilitação Profissional em Medicina Veterinária, semelhante ao exame da OAB para advogados.

Em 2023, o Projeto de Lei nº 4262/2023 foi apresentado pelo deputado Marcelo Queiroz, com a colaboração do presidente do CRMV-RJ, Diogo Alves, para instituir esse exame no Brasil. O PL altera a Lei nº 5.517/68 e está atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

O objetivo do exame não é eliminar candidatos, mas garantir que apenas profissionais devidamente capacitados obtenham o registro profissional, assegurando a qualidade dos serviços prestados à sociedade e à saúde pública.

O que motiva o Sr. a assumir a presidência do CRMV-RJ? Quais são seus planos de curto e longo prazo?

Presidir o CRMV-RJ é um compromisso com a valorização da Medicina Veterinária e da Zootecnia para as futuras gerações. Minha trajetória pessoal e profissional sempre esteve ligada ao setor agropecuário e à clinica de pequenos animais, além da defesa da classe veterinária, e vejo essa missão como uma oportunidade de fortalecer nossa profissão.

Como presidente, busco promover avanços na legislação, aprimorar a fiscalização, ampliar o reconhecimento da Medicina Veterinária e Zootecnia e garantir melhores condições para os profissionais.

A curto prazo, seguimos trabalhando para aprovar o Exame de Habilitação Profissional, fortalecer a fiscalização dos cursos de Medicina Veterinária e modernizar a gestão do Conselho. No longo prazo, o objetivo é consolidar a profissão como um dos pilares essenciais da saúde pública, do agronegócio e da sustentabilidade ambiental no Brasil.

A Carne é Forte

Por Antonio Alvarenga

A “Operação Carne Fraca” da Polícia Federal colocou o setor de proteína animal brasileiro no epicentro de uma crise mundial de credibilidade e confiança.

Passado o ápice dos acontecimentos, ficou claro que a PF errou na dose, ao divulgar a operação como a “maior já realizada no país”. Isso porque as investigações se referiam a fraudes pontuais – que devem, obviamente, ser apuradas com rigor e seus envolvidos punidos severamente. No entanto, infelizmente, passou-se a impressão que se tratava de um ‘modus operandi’ generalizado da agroindústria brasileira de carnes.

Os exageros foram posteriormente reconhecidos, mas o estrago já estava feito, tanto entre os consumidores brasileiros quanto nos mercados internacionais. A notícia se espalhou como um rastilho de pólvora e os embargos ao produto brasileiro não demoraram a acontecer.

A verdade é que o Sistema de Inspeção Federal (SIF) é amplo, e ciente, rigoroso, con ável do ponto de vista tecnológico e reconhecido internacionalmente por garantir produtos seguros, saudáveis e de qualidade. Se não fosse assim, o Brasil não seria um dos mais importantes players do mercado global de carnes, liderando os embarques de frango e atuando como um dos principais protagonistas em suínos e bovinos.

A carne brasileira, de alta qualidade, é exportada para mais de 150 países, alcançando vendas de US$ 14 bilhões, ou seja, 7 % do valor total das exportações do país em 2016.

Entretanto, os mais robustos sistemas de vigilância não estão imunes e/ou blindados contra os desvios de conduta humana, e esta é a questão central de todo este imbróglio.

A ação da PF identificou um esquema que envolvia o aliciamento de agentes públicos em troca de favores, para um número limitado de indústrias, com a interferência de determinados políticos. Nesses casos pontuais, a cadeia produtiva das carnes foi um veículo utilizado para viabilizar uma rede de corrupção.

Os problemas, detectados nos frigoríficos, prejudicam principalmente os produtores, que representam o elo mais frágil de uma cadeia onde há concentração excessiva no segmento industrial.

O fato é que a reabertura e a plena normalização de alguns mercados – conquistados após décadas de trabalho – não será fácil, pode demorar e deixar sequelas.

A atuação do ministro Blairo Maggi foi rápida e eficiente. A resposta das principais entidades do setor também foi determinante para um melhor entendimento do problema. Toda crise exige esclarecimentos em tempo real.

Na medida do possível, as informações disponibilizadas pelo ministro e especialistas conseguiram demonstrar a realidade dos fatos e reverter, pelo menos em parte, o prejuízo sofrido. No entanto, as sequelas serão inevitáveis.

As cadeias produtivas do agronegócio precisam tirar lições do episódio. A comunicação e o marketing do setor com a população urbana é fator-chave de sobrevivência, reputação e resultado nanceiro. É preciso investir cada vez mais na divulgação da origem da matéria-prima e na qualidade da segurança sanitária, dos processos e dos alimentos produzidos.

Ser transparente com a sociedade é uma estratégia crucial de construção positiva de marca. É preciso estabelecer uma aliança do interesse de todos e conquistar a opinião pública. Isso se faz cotidianamente, para que seus argumentos sejam respeitados e melhor considerados nos momentos de crise, como o de agora.

Este é mais um desa o para o agronegócio brasileiro.

(*) Antonio Alvarenga é presidente da Sociedade Nacional de Agricultura

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