Para início de conversa, ele é mamífero e bota ovo.

Seu nome científico (Ornithorhynchus anatinus) em português, quer dizer “Com bico de ave semelhante a pato”.

Juntamente com as equidnas, formam o único grupo dos mamíferos ovíparos. Equidnas são animais semelhantes aos ouriços mas que também são mamíferos e botam ovos.

O ornitorrinco é parcialmente aquático, ou seja, vive, alternadamente, dentro e fora d’água. Ele habita a Austrália e a Tasmânia, que como o leitor sabe, é um estado deste país, composto de 360 ilhas.

O ornitorrinco alimenta-se, principalmente de vermes, crustáceos, e insetos.

Tem patas com membranas, para facilitar a natação. As fêmeas põem dois ovos, alojados num ninho e os incubam por cerca de 10 dias.

E para que esse animal fique ainda mais esquisito, as fêmeas não têm mamas e o leite sai através da pele da barriga de onde é lambido pelos filhotes. Os filhotes nascem com dentes, mas os adultos são desdentados. Os machos têm órgãos de veneno nas patas.

Apesar de ser um animal horroroso, o ornitorrinco tem grande prestígio na Austrália, aparecendo até com sua imagem estampada na moeda de 20 centavos do dólar australiano.

Lá pelos idos de 1800, alguns cientistas acharam o ornitorrinco tão esquisito que se convenceram de que ele era uma montagem, uma mentira.

O corpo do ornitorrinco é coberto com pelos, possivelmente, com o objetivo de fornecer uma camada protetora do frio.

E- mais uma esquisitice – a cauda funciona como uma reserva de gordura. E eles rosnam, como cães, porém com menos intensidade.

Luiz Octavio Pires Leal é membro da Academia Brasileira de Medicina Veterinária