Todo médico veterinário ou médico concordará que ter um animal de estimação devidamente educado e corretamente tratado só pode fazer bem, mas desde que a intimidade excessiva seja evitada. E isso porque existem doenças – as zoomoses – transmissíveis de animais para pessoas e vice-versa.
Essa transmissão é perfeitamente evitável quando as medidas profiláticas, que incluem higiene, boa alimentação, vacinações e ausência de intimidade excessiva são postas em prática.
E o que pode ser considerada uma intimidade excessiva entre o dono e o seu animal? É, por exemplo, beijar na boca, partilhar a comida, ter contato com as secreções, inclusive das feridas (nasais e oculares).
Até mesmo os pássaros, como os pombos, tão comuns nas grandes cidades, podem transmitir doenças, notadamente através das fezes que uma vez secas viram poeira, são espalhadas pelo vento e podem ser inspiradas pelas pessoas.
As aves psitacídeas, como os papagaios e as araras, por exemplo, podem transmitir uma pneumonia grave para o homem, chamada psitacose, também conhecida como ornitose.
Cães que têm contato direto e freqüente com pessoas portadoras de tuberculose, coabitando por períodos longos e consumindo repetidas vezes produtos contaminados, podem contrair o Bacilo de Koch, e uma vez contaminados passam a funcionar como fontes de disseminação da doença para pessoas que não estejam vacinadas. Essa transmissão, entretanto, é rara, mas o risco existe.
Isso quer dizer que as pessoas devem ter um contato distante e frio com seus animais de estimação? Não. Não é isso. Isso quer dizer que a promiscuidade deve ser evitada e que as medidas de higiene e de profilaxia, tanto as relativas ao animal quanto as da família que convive com ele, levadas a sério.