Estudo coordenado pelo núcleo Meio Ambiente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal do Paraná e da Itaipu Binacional, demonstrou que o nível de proteína na dieta afeta significativamente o crescimento, consumo de ração e a composição corporal dos juvenis (filhotes) de pacu em sistema bioflocos (recurso que permite que a água utilizada na piscicultura dure muito mais tempo do que o normal).

O pacu é uma espécie nativa que se destaca pelo rápido crescimento, rusticidade, aceitação pelo mercado consumidor, além da adaptação a diversos sistemas de produção.

O sistema bioflocos permite altos índices de produtividade com baixo impacto ambiental, onde a biomassa microbiana, com alto teor proteico (estimada em 50%), pode ser aproveitada como alimento complementar, o que potencialmente permite a redução do custo de produção.

“Uma vez que os custos com o alimento industrializado estão diretamente relacionados com a quantidade de proteína presente na dieta, a definição do nível proteico adequado para determinada fase, espécie e sistema de produção é essencial, pois a alimentação pode representar até 70% do custo de produção”, diz o pesquisador Hamilton Hisano do núcleo.